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Nessa tendência, apareceu em [[Basileia]] em 1671 o primeiro museu universitário,<ref name="Alexander & Alexander, p. 5"/> e na [[Inglaterra]], em 1683, aquele que é considerado o primeiro museu moderno com objetivo declarado de educar o público, o [[Museu Ashmolean]], criado pela [[Universidade de Oxford]]. Seu acervo era eclético e se assemelhava aos antigos gabinetes de curiosidades, procedente de várias partes do mundo, reunido pela família Tradescant e previamente exibida em sua casa de Londres.<ref name="Lewis, pp. 2-3">Lewis, pp. 2-3</ref> Pouco mais adiante o espírito enciclopédico dos [[Iluminismo|iluministas]] fortaleceu a associação do conhecimento com a razão, a ordem e a moral, favorecendo a formação de acervos sistemáticos e a atuação de instituições culturais com objetivos educativos e públicos.<ref name="Lewis, pp. 1-2"/> Outros importantes museus fundados no {{séc|XVIII}} foram o [[Museu Britânico]], aberto em Londres em 1759, e o [[Museu do Louvre]], em Paris, em 1793, ambas iniciativas do governo de seus países. O exemplo europeu, por força do [[colonialismo]], frutificou também em outros países do Oriente e na América. Em [[Jacarta]] a Sociedade de Artes e Ciência da [[Baviera]] iniciou uma coleção em 1778 que evoluiu para se tornar o Museu Central da Cultura [[Indonésia]]. Na [[Índia]] ocorreu o mesmo, sendo o primeiro museu o Museu Indiano, fundado em 1784 a partir das coleções reunidas pela Sociedade Asiática de Bengal. Ambos enfocavam as artes e ciências e se dedicavam ao fomento do conhecimento. Nos [[Estados Unidos]], a Charleston Library Society da [[Carolina do Sul]] anunciou em 1773 sua intenção de formar uma coleção de produtos naturais para alavancar a agricultura e a medicina da província.<ref name="Lewis, pp. 2-3"/> |
Nessa tendência, apareceu em [[Basileia]] em 1671 o primeiro museu universitário,<ref name="Alexander & Alexander, p. 5"/> e na [[Inglaterra]], em 1683, aquele que é considerado o primeiro museu moderno com objetivo declarado de educar o público, o [[Museu Ashmolean]], criado pela [[Universidade de Oxford]]. Seu acervo era eclético e se assemelhava aos antigos gabinetes de curiosidades, procedente de várias partes do mundo, reunido pela família Tradescant e previamente exibida em sua casa de Londres.<ref name="Lewis, pp. 2-3">Lewis, pp. 2-3</ref> Pouco mais adiante o espírito enciclopédico dos [[Iluminismo|iluministas]] fortaleceu a associação do conhecimento com a razão, a ordem e a moral, favorecendo a formação de acervos sistemáticos e a atuação de instituições culturais com objetivos educativos e públicos.<ref name="Lewis, pp. 1-2"/> Outros importantes museus fundados no {{séc|XVIII}} foram o [[Museu Britânico]], aberto em Londres em 1759, e o [[Museu do Louvre]], em Paris, em 1793, ambas iniciativas do governo de seus países. O exemplo europeu, por força do [[colonialismo]], frutificou também em outros países do Oriente e na América. Em [[Jacarta]] a Sociedade de Artes e Ciência da [[Baviera]] iniciou uma coleção em 1778 que evoluiu para se tornar o Museu Central da Cultura [[Indonésia]]. Na [[Índia]] ocorreu o mesmo, sendo o primeiro museu o Museu Indiano, fundado em 1784 a partir das coleções reunidas pela Sociedade Asiática de Bengal. Ambos enfocavam as artes e ciências e se dedicavam ao fomento do conhecimento. Nos [[Estados Unidos]], a Charleston Library Society da [[Carolina do Sul]] anunciou em 1773 sua intenção de formar uma coleção de produtos naturais para alavancar a agricultura e a medicina da província.<ref name="Lewis, pp. 2-3"/> |
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No século XIX o museu continuou sua transformação, expandindo seus horizontes para incluir novas categorias e temas e, progressivamente, abandonando o simples colecionismo para enfatizar a exibição e catalogação rigorosamente sistemáticas, tendência iniciada na [[Alemanha]] e [[Suíça]], onde se introduziram experimentos de exibição sistematizada abrangendo vastos períodos históricos, possibilitando ao público percorrer roteiros que ofereciam panoramas de toda a história e cultura da humanidade, ao mesmo tempo em que reservavam seções para apresentação das mais recentes conquistas da ciência e tecnologia. As grandes [[Exposição mundial|feiras e exposições universais]] que se realizaram a partir da década de 1850, como as de Londres, Paris e [[Filadélfia]], faziam parte deste fascínio com o progresso e com o conhecimento enciclopédico, e serviram além disso para modernizar as práticas de exposição dos próprios museus formais. O museu também desempenhou um papel na onda [[nacionalista]] [[ |
No século XIX o museu continuou sua transformação, expandindo seus horizontes para incluir novas categorias e temas e, progressivamente, abandonando o simples colecionismo para enfatizar a exibição e catalogação rigorosamente sistemáticas, tendência iniciada na [[Alemanha]] e [[Suíça]], onde se introduziram experimentos de exibição sistematizada abrangendo vastos períodos históricos, possibilitando ao público percorrer roteiros que ofereciam panoramas de toda a história e cultura da humanidade, ao mesmo tempo em que reservavam seções para apresentação das mais recentes conquistas da ciência e tecnologia. As grandes [[Exposição mundial|feiras e exposições universais]] que se realizaram a partir da década de 1850, como as de Londres, Paris e [[Filadélfia]], faziam parte deste fascínio com o progresso e com o conhecimento enciclopédico, e serviram além disso para modernizar as práticas de exposição dos próprios museus formais. O museu também desempenhou um papel na onda [[nacionalista]] [[romântica]], contribuindo para a conscientização popular e a construção de identidades nacionais, acervando objetos ligados ao patrimônio cultural das nações, podendo-se citar como exemplo o Museu Nacional de [[Budapeste]] (1802), construído com dinheiro de impostos voluntários e mais tarde identificado com a luta para a independência local. Pelos mesmos motivos aparece uma profusão de museus regionais e locais, voltados para os interesses de pequenas áreas geográficas. Com a perene expansão das coleções logo tornou necessária a fundação de museus especializados em determinadas áreas do conhecimento, como o Museu da Ciência de Londres e o Museu Tecnológico em Viena. Multiplicam-se neste século também os museus ao ar livre, depois do exemplo pioneiro do Museu Nórdico em [[Estocolmo]], que preservou edificações típicas e históricas, e incluindo neste grupo os museus ''in situ'' em sítios arqueológicos.<ref>Lewis, pp. 3-5</ref> |
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===Contemporaneidade=== |
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