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Adelaide de Sousa Pereira Cordeiro: diferenças entre revisões

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'''Adelina de Sousa Pereira Cordeiro de Araújo e Sequeira''', primeira e única '''baronesa de Paulo Cordeiro''' ([[Lisboa]], [[Alcântara (Lisboa)|Alcântara]], [[24 de Janeiro]] de [[1853]] - [[Lisboa]], [[São Mamede (Lisboa)|São Mamede]], [[7 de Novembro]] de [[1919]]).<ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com.br/books?id=2kwbAAAAYAAJ |título=Resenha das familias titulares e grandes de Portugal |ultimo=Pinto |primeiro=Albano Anthero da Silveira |ultimo2=Farinha (Visconde) |primeiro2=Augusto Romano Sanches de Baêna e |data=1991 |editora=F.A. da Silva |ano=1991 |página=231 |lingua=pt}}</ref> É muito conhecida como uma das pessoas que mais incentivou a [[cultura]] em [[Reino de Portugal|Portugal]] no [[século XIX]].
D. '''Adelaide de Sousa Pereira Cordeiro de Araújo e Sequeira''', primeira e única '''baronesa de Paulo Cordeiro''' ([[24 de Janeiro]] de [[1853]] - [[1919]]).<ref>{{Citar livro |url=https://books.google.com.br/books?id=2kwbAAAAYAAJ |título=Resenha das familias titulares e grandes de Portugal |ultimo=Pinto |primeiro=Albano Anthero da Silveira |ultimo2=Farinha (Visconde) |primeiro2=Augusto Romano Sanches de Baêna e |editora=F.A. da Silva |ano=1991 |página=231 |lingua=pt}}</ref> É muito conhecida como uma das pessoas que mais incentivou a [[cultura]] em [[Reino de Portugal|Portugal]] no [[século XIX]].


==Biografia==
==Biografia==
Filha do [[tenente-coronel]] da [[artilharia]] [[José António Pereira de Araújo e Sequeira]], que por sua vez era filho do [[major]] [[Francisco António Ramiro de Sequeira]], [[governador]] de [[Vila Nova de Portimão]], e de sua mulher Francisca Xavier de Sousa Pereira de Araújo, e de sua mulher Maria José das Dores Travassos de Melo Cordeiro, e neta materna de [[João António Paulo Cordeiro]], [[Fidalgo]], tido este como um milionário [[capitalismo|capitalista]], e de sua mulher Maria José Travassos de Melo. Adelina herdou do avô materno a sua casa e a sua fortuna e o [[brasão]] de seu pai: escudo esquartelado, o 1.º Pereira, o 2.º Camisão, o 3.º de Sousa dos Senhores de Arronches e o 4.º de Araújo; timbre: Pereira; coroa de Baronesa.
Filha do [[tenente-coronel]] da [[artilharia]] José António Pereira de Araújo e Sequeira, que por sua vez era filho do [[major]] [[Francisco António Ramiro de Sequeira]], governador de Vila Nova de Portimão, e de Maria José Travassos de Melo Cordeiro, filha de Maria José de Travassos de Melo e de [[João António Paulo Cordeiro]], [[Fidalgo]] tido este como um milionário [[capitalismo|capitalista]]. D. Adelaide herdou do avô materno sua fortuna e o [[brasão]] que este ostentava nas portas da sua casa.


Casou pela primeira vez a [[24 de Fevereiro]] de [[1881]], em [[Mértola]], com um médico-cirurgião seu primo, o Dr. Olímpio Pessoa. Não teve filhos deste matrimónio pomposamente celebrado e foi após a morte de Olímpio que, por decreto de [[2 de Junho]] de [[1887]] do [[rei]] D. [[Luís I de Portugal]], lhe foi concedido o título de [[Barão|baronesa]]. Após receber o título, Adelaide de Sousa gozou ainda mais de uma grande influência na [[Corte real|Corte]], e o seu dinheiro e posição social fizeram com que fosse procurada por vários pretendentes que a si desejavam tornar esposa.
Casou pela primeira vez a [[24 de Fevereiro]] de [[1881]], em [[Mértola]], com um médico-cirurgião seu primo, Dr. Olímpio Pessoa. Não teve filhos deste matrimónio pomposamente celebrado e foi após a morte de Olímpio que, por decreto de [[2 de Junho]] de [[1887]] do [[rei]] D. [[Luís I de Portugal]], lhe foi concedido o título de [[Barão|baronesa]]. Após receber o título, D. Adelaide de Sousa gozou ainda mais de uma grande influência na [[Corte real|Corte]], e o seu dinheiro e posição social fizeram com que fosse procurada por vários pretendentes que a si desejavam tornar esposa.


Sendo agora baronesa, manteve o apelido da sua mãe, Travassos de Melo, para ostentar a sua riqueza na Corte. Mas não queria fazê-lo sozinha, e, assim contraiu matrimónio com outro primo, ainda que afastado: D. Salvador de Almeida Correia de Sá, que era o 3.º [[Conde do Lavradio]].
Sendo agora baronesa, manteve o apelido da sua mãe, Travassos de Melo, para ostentar a sua riqueza na Corte. Mas não queria fazê-lo sozinha, e, assim contraiu matrimónio com outro primo, ainda que afastado: D. Salvador de Almeida Correia de Sá, que era o 3.º [[Conde do Lavradio]].


A família de Almeida [Portugal] Correia de Sá [e Benevides Velasco da Câmara], dos [[Marqueses do Lavradio]] de juro e herdade [[Condes de Avintes]] de juro e herdade, já era considerada uma família tradicional no seio da Corte portuguesa e muitos membros da família ainda hoje ocupam um lugar na [[História de Portugal]]. Especula-se que esta família ainda reservasse sangue de [[Dinastia de Bragança|bragantino]], por conta do que a baronesa passou a ter o direito de utilizar o título de tratamento [[Dom (título)|Dona]].
A família de Almeida [Portugal] Correia de Sá [e Benevides Velasco da Câmara], dos [[Marqueses do Lavradio]] de juro e herdade [[Condes de Avintes]] de juro e herdade, já era considerada uma família tradicional no seio da Corte portuguesa e muitos membros da família ainda hoje ocupam um lugar na [[História de Portugal]]. Especula-se que esta família ainda reservasse sangue de [[Dinastia de Bragança|bragantino]], por conta do que a baronesa passou a ter o direito de utilizar o título de tratamento [[Dom (título)|Dona]].


Foi, mais que tudo, um casamento por interesses gerido. Contudo, também desta vez a baronesa não obteve descendência. Especula-se, assim, que a rica baronesa fosse infértil.
Foi, mais que tudo, um casamento por interesses gerido. Contudo, também desta vez a baronesa não obteve descendência. Especula-se, assim, que a rica baronesa fosse infértil.
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Era prima-irmã de [[Joaquim de Seabra Pessoa]], pai de [[Fernando Pessoa]].
Era prima-irmã de [[Joaquim de Seabra Pessoa]], pai de [[Fernando Pessoa]].

==Títulos==
'''Barão de Paulo Cordeiro''' foi um [[título nobiliárquico]] criado oficialmente por Decreto de [[2 de Junho]] de [[1887]] de D. [[Luís I de Portugal]], em favor de D. Adelaide de Sousa Pereira Cordeiro de Araújo e Sequeira.


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Edição atual tal como às 16h02min de 20 de agosto de 2021

D. Adelaide de Sousa Pereira Cordeiro de Araújo e Sequeira, primeira e única baronesa de Paulo Cordeiro (24 de Janeiro de 1853 - 1919).[1] É muito conhecida como uma das pessoas que mais incentivou a cultura em Portugal no século XIX.

Filha do tenente-coronel da artilharia José António Pereira de Araújo e Sequeira, que por sua vez era filho do major Francisco António Ramiro de Sequeira, governador de Vila Nova de Portimão, e de Maria José Travassos de Melo Cordeiro, filha de Maria José de Travassos de Melo e de João António Paulo Cordeiro, Fidalgo tido este como um milionário capitalista. D. Adelaide herdou do avô materno sua fortuna e o brasão que este ostentava nas portas da sua casa.

Casou pela primeira vez a 24 de Fevereiro de 1881, em Mértola, com um médico-cirurgião seu primo, Dr. Olímpio Pessoa. Não teve filhos deste matrimónio pomposamente celebrado e foi após a morte de Olímpio que, por decreto de 2 de Junho de 1887 do rei D. Luís I de Portugal, lhe foi concedido o título de baronesa. Após receber o título, D. Adelaide de Sousa gozou ainda mais de uma grande influência na Corte, e o seu dinheiro e posição social fizeram com que fosse procurada por vários pretendentes que a si desejavam tornar esposa.

Sendo agora baronesa, manteve o apelido da sua mãe, Travassos de Melo, para ostentar a sua riqueza na Corte. Mas não queria fazê-lo sozinha, e, assim contraiu matrimónio com outro primo, ainda que afastado: D. Salvador de Almeida Correia de Sá, que era o 3.º Conde do Lavradio.

A família de Almeida [Portugal] Correia de Sá [e Benevides Velasco da Câmara], dos Marqueses do Lavradio de juro e herdade Condes de Avintes de juro e herdade, já era considerada uma família tradicional no seio da Corte portuguesa e muitos membros da família ainda hoje ocupam um lugar na História de Portugal. Especula-se que esta família ainda reservasse sangue de bragantino, por conta do que a baronesa passou a ter o direito de utilizar o título de tratamento Dona.

Foi, mais que tudo, um casamento por interesses gerido. Contudo, também desta vez a baronesa não obteve descendência. Especula-se, assim, que a rica baronesa fosse infértil.

Dedicou-se então ao mecenato cultural, acção pela qual hoje é ainda relembrada. Com os extremos incentivos a novos artistas, desde poetas e pintores, escultores a bailarinos, a sua influência nas artes foi notória e aclamada, sendo conhecida como uma das maiores incentivadoras da arte portuguesa do século XIX.

Era prima-irmã de Joaquim de Seabra Pessoa, pai de Fernando Pessoa.

Barão de Paulo Cordeiro foi um título nobiliárquico criado oficialmente por Decreto de 2 de Junho de 1887 de D. Luís I de Portugal, em favor de D. Adelaide de Sousa Pereira Cordeiro de Araújo e Sequeira.

Referências
  1. Pinto, Albano Anthero da Silveira; Farinha (Visconde), Augusto Romano Sanches de Baêna e (1991). Resenha das familias titulares e grandes de Portugal. [S.l.]: F.A. da Silva. p. 231