[go: nahoru, domu]

Saltar para o conteúdo

Anatomia canina: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Anatomia interna: Corrigiu erro ortográfico
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição via aplic. móvel Edição via aplic. Android
(Há 15 revisões intermédias de 10 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 1: Linha 1:
{{Wikificação|data=setembro de 2016}}
{{Wikificação|data=setembro de 2016}}
{{mais-fontes|data=Outubro de 2018}}
[[Ficheiro:Dog anatomy.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Anatomia canina. Partes do corpo de um cão]]
[[Ficheiro:Dog anatomy.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Anatomia canina. Partes externas do corpo de um cão [[Rottweiler]]. 1: testa/crânio. 2: stop. 3: focinho. 4: trufa/nariz. 5: orelha. 6: protuberância occipital. 7: lábios. 8: boca. 9: mandíbula. 10: garganta. 11: pescoço. 12: [[cernelha]]. 13: lombo. 14: garupa/quadril. 15: raiz/inserção de cauda. 16: cauda. 17: coxa. 18: pontas dos jarretes. 19: jarrete. 20: patas. 21: perna. 22: joelho/patela. 23: flanco. 24: barriga. 25: cotovelo. 26: 27: metacarpos. 28: perna. 29: antepeito/ ponta do esterno. 30: tórax. 31: ombro. 32: escápula.]]
A '''anatomia canina''' divide-se em cinco grandes áreas, cada qual com suas especificidades em avaliar o corpo do canino. São elas: a externa, a osteologia, a [[artrologia]], a [[miologia]] e os estudos dos órgãos internos. Quadrúpede e digitígrado, o corpo do cão é sustentado pelos quatro membros e caminha sobre os dedos.<ref name=EDAC>{{citar web |url=http://publications.royalcanin.com/renvoie.asp?type=1&cid=116392&id=102414&com=23&animal=0&lang=6&session=2845685 |obra= |autor= |titulo=Elementos da anatomia canina |língua= |data= |acessodata=22 de junho de 2010 |publicado=Guia Prático da Criação Canina}}</ref> Entre suas características mais gerais estão a sua longevidade e suas estruturas básicas interna e externa, como o stop, a cabeça, o nariz, as espáduas, a garupa, os ombros, o flanco, tórax, cotovelos, joelhos, jarretes, boletos, patas posteriores e munhecas.<ref>{{citar web |url=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/caes/caes-1.php |obra= |autor= |titulo=Cães |data= |acessodata=22 de junho de 2010 |publicado=Portal São Francisco}}</ref>
A '''anatomia canina''' divide-se em cinco grandes áreas, cada qual com suas especificidades em avaliar o corpo do canino. São elas: a externa, a osteologia, a [[artrologia]], a [[miologia]] e os estudos dos órgãos internos. Quadrúpede e digitígrado, o corpo do cão é sustentado pelos quatro membros e caminha sobre os dedos.<ref name=EDAC>{{citar web |url=http://publications.royalcanin.com/renvoie.asp?type=1&cid=116392&id=102414&com=23&animal=0&lang=6&session=2845685 |obra= |autor= |titulo=Elementos da anatomia canina |língua= |data= |acessodata=22 de junho de 2010 |publicado=Guia Prático da Criação Canina }}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Entre suas características mais gerais estão a sua longevidade e suas estruturas básicas interna e externa, como o stop, a cabeça, o nariz, as espáduas, a garupa, os ombros, o flanco, tórax, cotovelos, joelhos, jarretes, boletos, patas posteriores e munhecas.<ref>{{citar web |url=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/caes/caes-1.php |obra= |autor= |titulo=Cães |data= |acessodata=22 de junho de 2010 |publicado=Portal São Francisco}}</ref>


==Características físicas==
==Características físicas==
[[Ficheiro:Knie hund beschriftet.jpg|thumb|left|Joelho de cão.]]
Tal como a maioria dos mamíferos predadores, o cão tem musculatura forte, um [[sistema cardiovascular]] que suporta tanto rápidas corridas quanto de resistência, e dentes que permitem capturar uma presa, segurá-la e despedaçá-la.
Tal como a maioria dos mamíferos predadores, o cão tem musculatura forte, um [[sistema cardiovascular]] que suporta tanto rápidas corridas quanto de resistência, e dentes que permitem capturar uma presa, segurá-la e despedaçá-la.
[[Ficheiro:Ellenberger Leisering Anatomy Atlas Dog.jpg|miniaturadaimagem|Representação gráfica de um esqueleto de cão]]

No esqueleto do cão podemos observar os ossos das patas, onde nos membros anteriores temos: Carpo (pulso), Metacarpo (mão), Falanges (dedos) e nos membros posteriores: Tarso (calcanhar), Metatarso (pé) e Falanges (dedos). Suas patas podem impulsioná-lo com rapidez, saltando o quão necessário for para caçar e dominar uma presa. Consequentemente eles possuem pés pequenos com dedos bem juntos, e caminham sobre as almofadas dos pés (sendo, assim, animais de locomoção e postura [[digitígrado|digitígrada]]). Suas patas traseiras são bem rígidas e robustas; suas patas dianteiras são soltas e flexíveis, e um único músculo as une ao torso do animal.
No esqueleto do cão podemos observar os ossos das patas, onde nos membros anteriores temos: Carpo (pulso), Metacarpo (mão), Falanges (dedos) e nos membros posteriores: Tarso (calcanhar), Metatarso (pé) e Falanges (dedos). Suas patas podem impulsioná-lo com rapidez, saltando o quão necessário for para caçar e dominar uma presa. Consequentemente eles possuem pés pequenos com dedos bem juntos, e caminham sobre as almofadas dos pés (sendo, assim, animais de locomoção e postura [[digitígrado|digitígrada]]). Suas patas traseiras são bem rígidas e robustas; suas patas dianteiras são soltas e flexíveis, e um único músculo as une ao torso do animal.
[[Ficheiro:Dog-skulls1.jpg|miniaturadaimagem|Crânios de cães. O maior, de um cão da raça [[são-bernardo]], ao lado de um menor, de um cão da raça [[bolonka]].]]

O tamanho do focinho do cão varia conforme a raça. Os tamanhos do focinho têm nomes diferentes. Cães com focinhos longos, tal como o [[pastor-alemão]], são chamados mesocefálicos, e cães com um focinho encurtado, tal como o [[pug]], são chamados [[Braquicefalia|braquicefálicos]].
O tamanho do focinho do cão varia conforme a raça. Os tamanhos do focinho têm nomes diferentes. Cães com focinhos longos, tal como o [[pastor-alemão]], são chamados mesocefálicos, e cães com um focinho encurtado, tal como o [[pug]], são chamados [[Braquicefalia|braquicefálicos]].
[[Ficheiro:BrehmsDog26.jpg|miniaturadaimagem|Anatomia canina, alguns órgãos, e músculos dos membros posteriores e anteriores.|alt=]]

Todos os cães (e todos os [[canídeos]] atuais) têm um ligamento que conecta as apófises espinhosas da primeira vértebra torácica à parte de trás do osso axial (segunda cervical ou osso do pescoço), o qual suporta o peso da cabeça sem esforço muscular ativo, poupando desta forma energia corporal.<ref name="Wang 2008. pp.97-8">Wang, Xiaoming and Tedford, Richard H. Dogs: Their Fossil Relatives and Evolutionary History. New York: Columbia University Press, 2008. pp.97-8</ref> Este ligamento é análogo em função (porém diferente em exatos detalhes estruturais) ao [[ligamento da nuca]] encontrado em [[ungulados]].<ref name="Wang 2008. pp.97-8"/> Este ligamento permite aos cães suportarem o peso de suas cabeças enquanto percorrem longas distâncias, tal como fazem ao seguirem rastros de odores com seus focinhos rentes ao solo, sem que gastem muita energia.<ref name="Wang 2008. pp.97-8"/>
Todos os cães (e todos os [[canídeos]] atuais) têm um ligamento que conecta as apófises espinhosas da primeira vértebra torácica à parte de trás do osso axial (segunda cervical ou osso do pescoço), o qual suporta o peso da cabeça sem esforço muscular ativo, poupando desta forma energia corporal.<ref name="Wang 2008. pp.97-8">Wang, Xiaoming and Tedford, Richard H. Dogs: Their Fossil Relatives and Evolutionary History. New York: Columbia University Press, 2008. pp.97-8</ref> Este ligamento é análogo em função (porém diferente em exatos detalhes estruturais) ao [[ligamento da nuca]] encontrado em [[ungulados]].<ref name="Wang 2008. pp.97-8"/> Este ligamento permite aos cães suportarem o peso de suas cabeças enquanto percorrem longas distâncias, tal como fazem ao seguirem rastros de odores com seus focinhos rentes ao solo, sem que gastem muita energia.<ref name="Wang 2008. pp.97-8"/>


Apesar da criação seletiva ter modificado a aparência de muitas raças, todos os cães mantêm as características básicas de seus ancestrais. Os cães não têm [[clavícula]] (ao contrário dos humanos) permitindo um grande comprimento de passada para corridas e saltos. Eles andam sobre quatro dedos, dianteiros e traseiros, e têm dedos vestigiais em suas patas dianteiras, e às vezes nas traseiras.
Apesar da criação seletiva ter modificado a aparência de muitas raças, todos os cães mantêm as características básicas de seus ancestrais. Os cães não têm [[clavícula]] (ao contrário dos humanos) permitindo um grande comprimento de passada para corridas e saltos. Eles andam sobre quatro dedos, dianteiros e traseiros, e têm dedos vestigiais (chamados ergôs) em suas patas dianteiras, e às vezes nas traseiras.


É discutível se os dedos vestigiais ajudam os cães a ganharem tração quando correm, pois em alguns animais os dedos vestigiais fazem contato com o solo quando correm, e a [[unha]] do dedo vestigial geralmente se desgasta da mesma forma que as unhas dos outros dedos, pelo contato com o solo. Apesar disso, em muitos cães o dedo vestigial nunca toca o solo; neste caso sua unha nunca se desgasta, e tem que ser frequentemente aparada para manter um tamanho seguro.
É discutível se os dedos vestigiais ajudam os cães a ganharem tração quando correm, pois em alguns animais os dedos vestigiais fazem contato com o solo quando correm, e a [[unha]] do dedo vestigial geralmente se desgasta da mesma forma que as unhas dos outros dedos, pelo contato com o solo. Apesar disso, em muitos cães o dedo vestigial nunca toca o solo; neste caso sua unha nunca se desgasta, e tem que ser frequentemente aparada para manter um tamanho seguro.


Os dedos vestigiais não são totalmente inúteis. Eles podem ser usados para ajudar a manter firme ossos e outros objetos que os cães segurem com as patas. Apesar disso, em alguns cães estas garras não parecem estar conectadas à perna exceto pela pele. Nestes cães estes dedos não são usados para firmar, pois o dedo vestigial pode ser virado ou dobrado. [2]
Os dedos vestigiais não são totalmente inúteis. Eles podem ser usados para ajudar a manter firme ossos e outros objetos que os cães segurem com as patas. Apesar disso, em alguns cães estas garras não parecem estar conectadas à perna exceto pela pele. Nestes cães estes dedos não são usados para firmar, pois o dedo vestigial pode ser virado ou dobrado. [2]
[[Ficheiro:Dog morphological variation.png|miniaturadaimagem|Variações entre raças de cães]]
O ancestral do cão era do tamanho de um [[Dingo]], e seu esqueleto levou cerca de 10&nbsp;meses para atingir a maturidade. As raças miniatura têm esqueletos que atingem o tamanho de adulto em poucos meses, enquanto nas raças gigantes, tais como o [[Mastiff]] o esqueleto leva de 16 18&nbsp;meses para atingir a maturidade. O [[nanismo]] afetou as proporções dos esqueletos de algumas raças, tais como o [[Basset Hound]].


== Anatomia externa ==
O ancestral do cão era do tamanho de um [[Dingo]], e seu esqueleto levou cerca de 10&nbsp;meses para atingir a maturidade. As raças-miniatura têm esqueletos que atingem o tamanho de adulto em poucos meses, enquanto nas raças gigantes, tais como o [[Mastiff]] o esqueleto leva de 16 18&nbsp;meses para atingir a maturidade. O [[nanismo]] afetou as proporções dos esqueletos de algumas raças, tais como o [[Basset Hound]].
Na anatomia externa do cão, sua altura é medida do chão à [[cernelha]], que vai do ponto onde encontram-se suas costas e seu pescoço, até a pata.<ref>{{citar web |url=http://www.brunotausz.com.br/novo_site/nomenclatura.asp |obra= |titulo=Nomenclatura anatômica da Cinofilia |autor=Tausz, Bruno |publicado=Tudo sobre cães |data= |acessodata=24 de abril de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100921083320/http://www.brunotausz.com.br/novo_site/nomenclatura.asp |arquivodata=2010-09-21 |urlmorta=yes }}</ref>


== Anatomia interna ==
Conhecimentos de anatomia canina também ajudam nas exposições ou competições caninas.
=== Sistema respiratório ===
{{imagem múltipla
| footer = [[Pulmão]] e [[Diafragma]] canino, respectivamente
| image1 = Dog lungs.jpg
| width1 = 150
| image2 = Dog diaphragm.jpg
| width2 = 150
}}
O [[sistema respiratório]] é o conjunto de [[órgão (anatomia)|órgãos]] responsáveis pelas trocas gasosas entre o organismo dos [[animalia|animais]] e o [[meio ambiente]], ou seja, a [[hematose pulmonar]], possibilitando a [[respiração celular]].<ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-respiratorio.htm |título=Sistema Respiratório |acessodata=11 de dezembro de 2012 |autor=Krukemberghe Fonseca |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>


Esse sistema tem como principal função absorver oxigênio e eliminar boa parte dos gases residuais das células do organismo, como por exemplo o [[dióxido de carbono]]. Como cães possuem poucas [[glândulas sudoríparas]] em sua pele, isto explicaria o fato de não suarem, sendo assim o sistema respiratório também desempenha um papel importante na [[termorregulação]] corpórea.<ref>{{citar web |url=https://www.vetmed.wsu.edu/outreach/Pet-Health-Topics/categories/cat-and-dog-anatomy/respiratory-system-of-the-dog |título=Respiratory System of the Dog |autor=Washington State University |publicado= |data= |acessodata= 1 de junho de 2017}}</ref>
== Anatomia externa ==
Na anatomia externa do cão, sua altura é medida pela [[cernelha]], que vai do ponto onde encontram-se suas costas e seu pescoço, até a pata.<ref>{{citar web |url=http://www.brunotausz.com.br/novo_site/nomenclatura.asp |obra= |titulo=Nomeclatura anatômica da Cinofilia |autor=Tausz, Bruno |publicado=Tudo sobre cães |data= |acessodata=24 de abril de 2011}}</ref>


Os cães por serem mamíferos apresentam dois [[pulmões]] grandes e com lobos, de aparência esponjosa devida à presença de um sistema de ramificações delicadas dos [[bronquíolo]]s em cada pulmão, terminando em câmaras fechadas de paredes finas (os pontos de trocas gasosas), chamadas de [[alvéolo pulmonar|alvéolos]].
== Sistema digestivo ==

A presença de uma estrutura muscular, o [[diafragma]], exclusiva dos mamíferos, divide a [[cavidade peritoneal]] da [[cavidade pleural]], além de auxiliar as costelas na [[inspiração]].

=== Sistema digestivo ===
Os órgãos que compõem o [[sistema digestivo]] canino são:<ref>{{citar web |url=https://www.vetmed.wsu.edu/outreach/Pet-Health-Topics/categories/cat-and-dog-anatomy/digestive-system-of-the-dog |título=Digestive System of the Dog |autor=Washington State University |publicado= |data= |acessodata=31 de maio de 2017}}</ref>
Os órgãos que compõem o [[sistema digestivo]] canino são:<ref>{{citar web |url=https://www.vetmed.wsu.edu/outreach/Pet-Health-Topics/categories/cat-and-dog-anatomy/digestive-system-of-the-dog |título=Digestive System of the Dog |autor=Washington State University |publicado= |data= |acessodata=31 de maio de 2017}}</ref>


Linha 51: Linha 66:
</gallery>
</gallery>
</center>
</center>

== Ver também ==
* [[Cinologia]]
*[[Lista de raças de cães]]


{{Referências}}
{{Referências}}

Revisão das 00h40min de 23 de novembro de 2020

Anatomia canina. Partes externas do corpo de um cão Rottweiler. 1: testa/crânio. 2: stop. 3: focinho. 4: trufa/nariz. 5: orelha. 6: protuberância occipital. 7: lábios. 8: boca. 9: mandíbula. 10: garganta. 11: pescoço. 12: cernelha. 13: lombo. 14: garupa/quadril. 15: raiz/inserção de cauda. 16: cauda. 17: coxa. 18: pontas dos jarretes. 19: jarrete. 20: patas. 21: perna. 22: joelho/patela. 23: flanco. 24: barriga. 25: cotovelo. 26: 27: metacarpos. 28: perna. 29: antepeito/ ponta do esterno. 30: tórax. 31: ombro. 32: escápula.

A anatomia canina divide-se em cinco grandes áreas, cada qual com suas especificidades em avaliar o corpo do canino. São elas: a externa, a osteologia, a artrologia, a miologia e os estudos dos órgãos internos. Quadrúpede e digitígrado, o corpo do cão é sustentado pelos quatro membros e caminha sobre os dedos.[1] Entre suas características mais gerais estão a sua longevidade e suas estruturas básicas interna e externa, como o stop, a cabeça, o nariz, as espáduas, a garupa, os ombros, o flanco, tórax, cotovelos, joelhos, jarretes, boletos, patas posteriores e munhecas.[2]

Características físicas

Tal como a maioria dos mamíferos predadores, o cão tem musculatura forte, um sistema cardiovascular que suporta tanto rápidas corridas quanto de resistência, e dentes que permitem capturar uma presa, segurá-la e despedaçá-la.

Representação gráfica de um esqueleto de cão

No esqueleto do cão podemos observar os ossos das patas, onde nos membros anteriores temos: Carpo (pulso), Metacarpo (mão), Falanges (dedos) e nos membros posteriores: Tarso (calcanhar), Metatarso (pé) e Falanges (dedos). Suas patas podem impulsioná-lo com rapidez, saltando o quão necessário for para caçar e dominar uma presa. Consequentemente eles possuem pés pequenos com dedos bem juntos, e caminham sobre as almofadas dos pés (sendo, assim, animais de locomoção e postura digitígrada). Suas patas traseiras são bem rígidas e robustas; suas patas dianteiras são soltas e flexíveis, e um único músculo as une ao torso do animal.

Crânios de cães. O maior, de um cão da raça são-bernardo, ao lado de um menor, de um cão da raça bolonka.

O tamanho do focinho do cão varia conforme a raça. Os tamanhos do focinho têm nomes diferentes. Cães com focinhos longos, tal como o pastor-alemão, são chamados mesocefálicos, e cães com um focinho encurtado, tal como o pug, são chamados braquicefálicos.

Anatomia canina, alguns órgãos, e músculos dos membros posteriores e anteriores.

Todos os cães (e todos os canídeos atuais) têm um ligamento que conecta as apófises espinhosas da primeira vértebra torácica à parte de trás do osso axial (segunda cervical ou osso do pescoço), o qual suporta o peso da cabeça sem esforço muscular ativo, poupando desta forma energia corporal.[3] Este ligamento é análogo em função (porém diferente em exatos detalhes estruturais) ao ligamento da nuca encontrado em ungulados.[3] Este ligamento permite aos cães suportarem o peso de suas cabeças enquanto percorrem longas distâncias, tal como fazem ao seguirem rastros de odores com seus focinhos rentes ao solo, sem que gastem muita energia.[3]

Apesar da criação seletiva ter modificado a aparência de muitas raças, todos os cães mantêm as características básicas de seus ancestrais. Os cães não têm clavícula (ao contrário dos humanos) permitindo um grande comprimento de passada para corridas e saltos. Eles andam sobre quatro dedos, dianteiros e traseiros, e têm dedos vestigiais (chamados ergôs) em suas patas dianteiras, e às vezes nas traseiras.

É discutível se os dedos vestigiais ajudam os cães a ganharem tração quando correm, pois em alguns animais os dedos vestigiais fazem contato com o solo quando correm, e a unha do dedo vestigial geralmente se desgasta da mesma forma que as unhas dos outros dedos, pelo contato com o solo. Apesar disso, em muitos cães o dedo vestigial nunca toca o solo; neste caso sua unha nunca se desgasta, e tem que ser frequentemente aparada para manter um tamanho seguro.

Os dedos vestigiais não são totalmente inúteis. Eles podem ser usados para ajudar a manter firme ossos e outros objetos que os cães segurem com as patas. Apesar disso, em alguns cães estas garras não parecem estar conectadas à perna exceto pela pele. Nestes cães estes dedos não são usados para firmar, pois o dedo vestigial pode ser virado ou dobrado. [2]

Variações entre raças de cães

O ancestral do cão era do tamanho de um Dingo, e seu esqueleto levou cerca de 10 meses para atingir a maturidade. As raças miniatura têm esqueletos que atingem o tamanho de adulto em poucos meses, enquanto nas raças gigantes, tais como o Mastiff o esqueleto leva de 16 18 meses para atingir a maturidade. O nanismo afetou as proporções dos esqueletos de algumas raças, tais como o Basset Hound.

Anatomia externa

Na anatomia externa do cão, sua altura é medida do chão à cernelha, que vai do ponto onde encontram-se suas costas e seu pescoço, até a pata.[4]

Anatomia interna

Sistema respiratório

Pulmão e Diafragma canino, respectivamente

O sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas entre o organismo dos animais e o meio ambiente, ou seja, a hematose pulmonar, possibilitando a respiração celular.[5]

Esse sistema tem como principal função absorver oxigênio e eliminar boa parte dos gases residuais das células do organismo, como por exemplo o dióxido de carbono. Como cães possuem poucas glândulas sudoríparas em sua pele, isto explicaria o fato de não suarem, sendo assim o sistema respiratório também desempenha um papel importante na termorregulação corpórea.[6]

Os cães por serem mamíferos apresentam dois pulmões grandes e com lobos, de aparência esponjosa devida à presença de um sistema de ramificações delicadas dos bronquíolos em cada pulmão, terminando em câmaras fechadas de paredes finas (os pontos de trocas gasosas), chamadas de alvéolos.

A presença de uma estrutura muscular, o diafragma, exclusiva dos mamíferos, divide a cavidade peritoneal da cavidade pleural, além de auxiliar as costelas na inspiração.

Sistema digestivo

Os órgãos que compõem o sistema digestivo canino são:[7]

Ver também

Referências
  1. «Elementos da anatomia canina». Guia Prático da Criação Canina. Consultado em 22 de junho de 2010 [ligação inativa]
  2. «Cães». Portal São Francisco. Consultado em 22 de junho de 2010 
  3. a b c Wang, Xiaoming and Tedford, Richard H. Dogs: Their Fossil Relatives and Evolutionary History. New York: Columbia University Press, 2008. pp.97-8
  4. Tausz, Bruno. «Nomenclatura anatômica da Cinofilia». Tudo sobre cães. Consultado em 24 de abril de 2011. Arquivado do original em 21 de setembro de 2010 
  5. Krukemberghe Fonseca. «Sistema Respiratório». R7. Brasil Escola. Consultado em 11 de dezembro de 2012 
  6. Washington State University. «Respiratory System of the Dog». Consultado em 1 de junho de 2017 
  7. Washington State University. «Digestive System of the Dog». Consultado em 31 de maio de 2017 
Ícone de esboço Este artigo sobre cães é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.