Baltasar Garzón: diferenças entre revisões
Linha 1: | Linha 1: | ||
[[Ficheiro:Baltasar Garzón - Visitando ESMA - Argentina - 1AGO05 -presidenciagovar.jpg|thumb|Baltasar Garzón.]] |
[[Ficheiro:Baltasar Garzón - Visitando ESMA - Argentina - 1AGO05 -presidenciagovar.jpg|thumb|Baltasar Garzón.]] |
||
'''Baltasar Garzón Real''' ([[Torres (Espanha)|Torres]], [[26 de outubro]] de [[1955]]) é um atuante [[Magistrado-Juiz Central de instrução]] do tribunal penal de máxima instância na [[Espanha]], a [Audiência Nacional (Espanha)| |
'''Baltasar Garzón Real''' ([[Torres (Espanha)|Torres]], [[26 de outubro]] de [[1955]]) é um atuante [[Magistrado-Juiz Central de instrução]] do tribunal penal de máxima instância na [[Espanha]], a [[Audiência Nacional (Espanha)|Audiência Nacional]]. Garzón é conhecido na Espanha como "super-juiz" ou "juiz-estrela". |
||
É ''[[Doctor Honoris Causa]]'' pela [[Universidade de Jaén]],<ref>{{cita web|url= http://www.ideal.es/jaen/20081022/jaen/magistrado-baltasar-garzon-nombrado-20081022.html|título= El magistrado Baltasar Garzón, nombrado Doctor 'Honoris Causa' de la UJA|editor=Ideal.es|fecha=22 de octubre de 2008|fechaacceso=16 de abril de 2010}}</ref><ref>{{cita web|url=http://www.canarias7.es/articulo.cfm?Id=147117|título=Baltasar Garzón recibe su primer Doctorado Honoris Causa en España|editor=Canarias7.es|fecha=9 de abril de 2009|fechaacceso=16 de abril de 2010}}</ref> [[Universidade Central do Chile]] [http://www.ucentral.cl/prontus_ucentral/site/artic/20080722/pags/20080722132032.html] e por mais vinte universidades.<ref>{{cita web| url = http://www.elpais.com/articulo/espana/Garzon/puso/cascabel/gato/America/Latina/elpepuesp/20100414elpepunac_15/Tes| título = Garzón puso el cascabel al gato de América Latina | fecha = 14 de abril de 2010 |fechaacceso = 14 de abril de 2010|editor= [[El País|ELPAIS.com]]|autor=Óscar Gutiérrez}}</ref> |
É ''[[Doctor Honoris Causa]]'' pela [[Universidade de Jaén]],<ref>{{cita web|url= http://www.ideal.es/jaen/20081022/jaen/magistrado-baltasar-garzon-nombrado-20081022.html|título= El magistrado Baltasar Garzón, nombrado Doctor 'Honoris Causa' de la UJA|editor=Ideal.es|fecha=22 de octubre de 2008|fechaacceso=16 de abril de 2010}}</ref><ref>{{cita web|url=http://www.canarias7.es/articulo.cfm?Id=147117|título=Baltasar Garzón recibe su primer Doctorado Honoris Causa en España|editor=Canarias7.es|fecha=9 de abril de 2009|fechaacceso=16 de abril de 2010}}</ref> [[Universidade Central do Chile]] [http://www.ucentral.cl/prontus_ucentral/site/artic/20080722/pags/20080722132032.html] e por mais vinte universidades.<ref>{{cita web| url = http://www.elpais.com/articulo/espana/Garzon/puso/cascabel/gato/America/Latina/elpepuesp/20100414elpepunac_15/Tes| título = Garzón puso el cascabel al gato de América Latina | fecha = 14 de abril de 2010 |fechaacceso = 14 de abril de 2010|editor= [[El País|ELPAIS.com]]|autor=Óscar Gutiérrez}}</ref> |
Revisão das 17h19min de 21 de julho de 2012
Baltasar Garzón Real (Torres, 26 de outubro de 1955) é um atuante Magistrado-Juiz Central de instrução do tribunal penal de máxima instância na Espanha, a Audiência Nacional. Garzón é conhecido na Espanha como "super-juiz" ou "juiz-estrela".
É Doctor Honoris Causa pela Universidade de Jaén,[1][2] Universidade Central do Chile [1] e por mais vinte universidades.[3]
Atuação internacional
Garzón ficou conhecido mundialmente ao emitir uma ordem de prisão em desfavor do ex-presidente do Chile Augusto Pinochet pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Utilizou como base o relatório da Comissão Chilena da Verdade (1990-1991).
Reiteradas vezes manifestou seu desejo de investigar o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger por sua relação com a denominada Operação Condor.
Trabalha também em um processo em que se acusa de genocídio diversos militares argentinos pelo desaparecimento de cidadão espanhóis durante a ditadura argentina (1976-1983).
Em 2001, solicitou permissão ao Conselho da Europa para processar o Primeiro Ministro italiano Silvio Berlusconi, então membro da Assembléia parlamentar do Conselho.
Em dezembro desse mesmo ano, investigou, por suspeitas de lavagem de dinheiro, contas no exterior (off-shore) do conglomerado financeiro BBVA (segundo maior banco da Espanha).
Em janeiro de 2003, criticou enfaticamente o governo dos EUA pela detenção ilegal, na base de Guantánamo (Cuba), de suspeitos de pertencerem ao grupo terrorista Al Qaeda. Nesse mesmo ano, participou de campanhas contra a guerra no Iraque.
Atuação na Espanha
Na Espanha, ainda nos anos 80, atuou em processos contra diversos narcotraficantes, inclusive altos dirigentes das máfias galega, turca e italiana. Comandou investigações sobre lavagem de dinheiro no litoral espanhol (região de Málaga) e falsificação de moeda (derrame de notas de 100 dólares). Foi jurado de morte por diversos traficantes e mafiosos e por isso passou a ser conduzido em carros blindados e a viver com escolta policial.
Em 1993, participou da política espanhola, entrando na lista de candidatos à Câmara dos Deputados pelo PSOE. Chegou a comandar o Plano Nacional AntiDrogas, porém renunciou após um ano de trabalho, queixando-se do excesso de corrupção no governo.
Ao retornar à magistratura, deu seguimento às investigações do caso GAL (Grupos Antiterroristas de Liberação), grupo de extermínio que, conforme ficou comprovado, foi criado durante o primeiro governo do PSOE, ainda nos anos 1980, com a finalidade de assassinar membros e simpatizantes do ETA. Várias autoridades foram condenadas em virtude do caso, inclusive o ex-Ministro do Interior José Barrionuevo. Posteriormente, todos foram indultados no governo de José María Aznar.
Atuou também contra os terroristas bascos do ETA. Em 2002, conseguiu suspender o funcionamento, por 3 anos, do partido Batasuna, ao demonstrar suas relações com o grupo terrorista. Dessa ação resultou também o fechamento dos jornais Egin e Egunkaria, além da rádio Egin Irratia. Angariou com isso o ódio dos nacionalistas bascos, que consideram que atacou a cultura basca e não o terrorismo.
Dada a extensão de sua atuação, o PSOE e o PP chegaram a planejar uma reforma do judiciário que limitasse as suas atribuições legais.
GRAPO/PCE-r
Em março de 2003, Garzón suspendeu as atividades do Partido Comunista de España Reconstituido (PCE-r), em função de suas atividades ilícitas de apoio ao GRAPO, tais como a "fixação da tática e da estratégia da luta armada, escolha de objetivo, montagem de infra-estrutura, provimento de recursos econômicos, seleção dos responsáveis pelas ações armadas e dos membros dos auto-denominados comandos militares".[4]
Carreira
Formou-se em direito pela Universidade de Sevilha em 1979. Foi aprovado em concurso para o cargo de Juiz em 1981. Inicialmente, foi nomeado para a comarca de Valverde del Camino, província de Huelva (Andaluzia). Posteriormente, foi removido para o Juizado de Primeira Instância e Instrução de Villacarrillo, província de Jaén (Andaluzia). En 1983, foi promovido a Magistrado, sendo destinado ao Juizado de Primeira Instância e Instrução n° 3 de Almería (Andaluzia). Em 11 de março de 1987 foi nomeado pelo Conselho Geral do Poder Judiciário para ocupar o cargo de Inspetor Delegado (Corregedor-Geral) para Andaluzia. Em 29 de janero de 1988, tornou-se Magistrado-Juiz Central de Instrução n° 5 da Audiência Nacional.
- ↑ Ideal.es, ed. (22 de octubre de 2008). «El magistrado Baltasar Garzón, nombrado Doctor 'Honoris Causa' de la UJA». Consultado em 16 de abril de 2010 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ Canarias7.es, ed. (9 de abril de 2009). «Baltasar Garzón recibe su primer Doctorado Honoris Causa en España». Consultado em 16 de abril de 2010
- ↑ Óscar Gutiérrez (14 de abril de 2010). ELPAIS.com, ed. «Garzón puso el cascabel al gato de América Latina». Consultado em 14 de abril de 2010
- ↑ Garzón suspende las actividades del PCE(r) por considerarlo el brazo político de los GRAPO.
Ligações externas
- Entrevista de Baltasar Garzón concedida ao jornal El País (em espanhol)
- Campanha Garzón para o Prêmio Nobel da Paz (em inglês, francês ou espanhol)
- Garzón, el hombre que veía amanecer. Biografia. Autora: Pilar Urbano (em espanhol)
- Entrevista com a jornalista Pilar Urbano (em espanhol)
- Garzón visita um centro de tortura na Argentina (elpais.es, em espanhol)
- "Es un error caer en el laberinto de la negociación de ETA" (elpais.es, em espanhol)