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'''Blondi''' ([[1941]] — [[30 de abril]] de [[1945]])<ref>Roger Eatwell (1995). ''Fascism: a history''. Chatto & Windus. pp. 152.</ref> foi uma [[Cão|cadela]] [[pastor-alsaciano]] pertencente a [[Adolf Hitler]], presenteada a ele por [[Martin Bormann]].<ref>Comfort, David (1994). ''The first pet history of the world''. New York: Simon & Schuster. pp. 247. ISBN 0-671-89102-2.</ref> Blondi permaneceu com Hitler mesmo quando ele se mudou para o [[Führerbunker|búnquer subterrâneo]] em janeiro de 1945. Em março, ou mais provavelmente em abril de 1945, ela deu luz à uma cria de cinco filhotes com o pastor alemão Harras, pertencente a [[Paul Troost]].<ref>Eberle, Henrik; Uhl, Matthias; MacDonogh, Giles (2000). ''The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared for Stalin from the Interrogations of Hitler's Personal Aides''. PublicAffairs. pp. 188. ISBN 978-1-58648-456-9.</ref> Hitler batizou um dos filhotes de "Lobo", seu apelido favorito e o significado de seu próprio nome, Adolf ("[[lobo]] [[nobre]]"), treinando-o.<ref>Bullock, A. (1962) ''Hitler: A Study in Tyranny''. Penguin Books. pp. 785.</ref><ref>Kohler, Joachim; Taylor, Ronald K. (2001). ''Wagner's Hitler: The Prophet and His Disciple''. Polity Press. pp. 19. ISBN 0-7456-2710-2.</ref>
'''Blondi''' ([[1941]] — [[30 de abril]] de [[1945]])<ref>Roger Eatwell (1995). ''Fascism: a history''. Chatto & Windus. pp. 152.</ref> foi uma [[Cão|cadela]] [[pastor-alemão]] pertencente a [[Adolf Hitler]], presenteada a ele por [[Martin Bormann]].<ref>Comfort, David (1994). ''The first pet history of the world''. New York: Simon & Schuster. pp. 247. ISBN 0-671-89102-2.</ref> Blondi permaneceu com Hitler mesmo quando ele se mudou para o [[Führerbunker|búnquer subterrâneo]] em janeiro de 1945. Em março, ou mais provavelmente em abril de 1945, ela deu luz à uma cria de cinco filhotes com o pastor alemão Harras, pertencente a [[Paul Troost]].<ref>Eberle, Henrik; Uhl, Matthias; MacDonogh, Giles (2000). ''The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared for Stalin from the Interrogations of Hitler's Personal Aides''. PublicAffairs. pp. 188. ISBN 978-1-58648-456-9.</ref> Hitler batizou um dos filhotes de "Lobo", seu apelido favorito e o significado de seu próprio nome, Adolf ("[[lobo]] [[Nobreza|nobre]]"), treinando-o.<ref>Bullock, A. (1962) ''Hitler: A Study in Tyranny''. Penguin Books. pp. 785.</ref><ref>Kohler, Joachim; Taylor, Ronald K. (2001). ''Wagner's Hitler: The Prophet and His Disciple''. Polity Press. pp. 19. ISBN 0-7456-2710-2.</ref>


De acordo com testemunhas, Hitler era muito afeiçoado à Blondi, mantendo-a a seu lado e permitindo que ela dormisse em seu quarto no búnquer, uma afeição não compartilhada por [[Eva Braun]], companheira de Hitler, que preferia seus dois cães [[Terrier escocês|scottish terrier]], Negus e Stasi (ou Katuschka).<ref>Junge, Traudl, ''Until the Final Hour'', 2002, ISBN 0-297-84720-1</ref> De acordo com [[Traudl Junge]], secretária pessoal de Hitler, Eva detestava Blondi e costumava chutá-la por baixo da mesa de jantar.<ref>Traudl Junge: ''Bis zur letzten Stunde. Hitlers Sekretärin erzählt ihr Leben''. Claassen, Düsseldorf 2001, ISBN 3-546-00311</ref>
De acordo com testemunhas, Hitler era muito afeiçoado à Blondi, mantendo-a a seu lado e permitindo que ela dormisse em seu quarto no búnquer, uma afeição não compartilhada por [[Eva Braun]], companheira de Hitler, que preferia seus dois cães [[Terrier escocês|scottish terrier]], Negus e Stasi (ou Katuschka).<ref>Junge, Traudl, ''Until the Final Hour'', 2002, ISBN 0-297-84720-1</ref> De acordo com [[Traudl Junge]], secretária pessoal de Hitler, Eva detestava Blondi e costumava chutá-la por baixo da mesa de jantar.<ref>Traudl Junge: ''Bis zur letzten Stunde. Hitlers Sekretärin erzählt ihr Leben''. Claassen, Düsseldorf 2001, ISBN 3-546-00311</ref>


Antes de Hitler [[Morte de Adolf Hitler|cometer suicídio]] em 30 de abril de 1945, ele ordenou que o médico [[Werner Haase]] testasse em Blondi os comprimidos de [[cianeto]] que ele utilizaria, temendo que as pílulas fossem falsas. Comprovada a eficácia do [[veneno]], ele ficou completamente inconsolável e tirou sua própria vida pouco tempo depois quando ficou cercado pelos soviéticos.<ref>O'Donnell, James (1978). ''The bunker: the history of the Reich Chancellery group''. Boston: Houghton Mifflin. pp. 166. ISBN 0-395-25719-0.</ref> De acordo com um relatório encomendado por [[Josef Stalin|Stálin]] e baseado em depoimentos de testemunhas, o sargento Fritz Tornow, que cuidava dos cães no bunker, arrancou as crias de Blondi dos braços dos filhos de [[Joseph Goebbels]] e matou os animais a tiros no jardim do búnquer. Ele então matou os cães de Eva Braun e seu próprio [[dachshund]] com uma injeção letal. Tornow foi posteriormente capturado pelos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|aliados]].<ref>''The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared For Stalin From The Interrogations of Hitler's Personal Aides'', Edited by Henrik Eberle and Matthias Uhl and translated by Giles MacDonogh, Public Affairs, 2005, ISBN 1586483668.</ref> Quando a [[Batalha de Berlim]] terminou, o corpo da cadela foi exumado e fotografado pelos [[soviéticos]].<ref>Tony le Tissier. ''Berlin Then and Now. After the Battle'', 1992.</ref> Há, também, quem diga que Adolf matou sua própria cadela e os cães da casa pois tinha medo do que os soviéticos poderiam fazer com ela quando invadissem.
Antes de Hitler [[Morte de Adolf Hitler|cometer suicídio]] em 30 de abril de 1945, ele ordenou que o médico [[Werner Haase]] testasse em Blondi os comprimidos de [[cianeto]] que ele utilizaria, temendo que as pílulas fossem falsas. Comprovada a eficácia do [[veneno]], ele ficou completamente inconsolável e tirou sua própria vida pouco tempo depois quando ficou cercado pelos soviéticos.<ref>O'Donnell, James (1978). ''The bunker: the history of the Reich Chancellery group''. Boston: Houghton Mifflin. pp. 166. ISBN 0-395-25719-0.</ref> De acordo com um relatório encomendado por [[Josef Stalin|Stalin]] e baseado em depoimentos de testemunhas, o sargento Fritz Tornow, que cuidava dos cães no búnquer, arrancou as crias de Blondi dos braços dos filhos de [[Joseph Goebbels]] e matou os animais a tiros no jardim do búnquer. Ele então matou os cães de Eva Braun e seu próprio [[dachshund]] com uma injeção letal. Tornow foi posteriormente capturado pelos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|aliados]].<ref>''The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared For Stalin From The Interrogations of Hitler's Personal Aides'', Edited by Henrik Eberle and Matthias Uhl and translated by Giles MacDonogh, Public Affairs, 2005, ISBN 1586483668.</ref> Quando a [[Batalha de Berlim]] terminou, o corpo da cadela foi exumado e fotografado pelos [[soviéticos]].<ref>Tony le Tissier. ''Berlin Then and Now. After the Battle'', 1992.</ref> Há, também, quem diga que Hitler matou sua própria cadela e os cães da casa pois tinha medo do que os soviéticos poderiam fazer com ela quando invadissem.


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Edição atual tal como às 04h33min de 31 de dezembro de 2022

Blondi

Blondi em 14 de junho de 1942

Informações
Espécie
Raça
Sexo
Nascimento
Local de nascimento
Morte
Local de morte
Causa da morte
Proprietários

Blondi (194130 de abril de 1945)[1] foi uma cadela pastor-alemão pertencente a Adolf Hitler, presenteada a ele por Martin Bormann.[2] Blondi permaneceu com Hitler mesmo quando ele se mudou para o búnquer subterrâneo em janeiro de 1945. Em março, ou mais provavelmente em abril de 1945, ela deu luz à uma cria de cinco filhotes com o pastor alemão Harras, pertencente a Paul Troost.[3] Hitler batizou um dos filhotes de "Lobo", seu apelido favorito e o significado de seu próprio nome, Adolf ("lobo nobre"), treinando-o.[4][5]

De acordo com testemunhas, Hitler era muito afeiçoado à Blondi, mantendo-a a seu lado e permitindo que ela dormisse em seu quarto no búnquer, uma afeição não compartilhada por Eva Braun, companheira de Hitler, que preferia seus dois cães scottish terrier, Negus e Stasi (ou Katuschka).[6] De acordo com Traudl Junge, secretária pessoal de Hitler, Eva detestava Blondi e costumava chutá-la por baixo da mesa de jantar.[7]

Antes de Hitler cometer suicídio em 30 de abril de 1945, ele ordenou que o médico Werner Haase testasse em Blondi os comprimidos de cianeto que ele utilizaria, temendo que as pílulas fossem falsas. Comprovada a eficácia do veneno, ele ficou completamente inconsolável e tirou sua própria vida pouco tempo depois quando ficou cercado pelos soviéticos.[8] De acordo com um relatório encomendado por Stalin e baseado em depoimentos de testemunhas, o sargento Fritz Tornow, que cuidava dos cães no búnquer, arrancou as crias de Blondi dos braços dos filhos de Joseph Goebbels e matou os animais a tiros no jardim do búnquer. Ele então matou os cães de Eva Braun e seu próprio dachshund com uma injeção letal. Tornow foi posteriormente capturado pelos aliados.[9] Quando a Batalha de Berlim terminou, o corpo da cadela foi exumado e fotografado pelos soviéticos.[10] Há, também, quem diga que Hitler matou sua própria cadela e os cães da casa pois tinha medo do que os soviéticos poderiam fazer com ela quando invadissem.

Referências
  1. Roger Eatwell (1995). Fascism: a history. Chatto & Windus. pp. 152.
  2. Comfort, David (1994). The first pet history of the world. New York: Simon & Schuster. pp. 247. ISBN 0-671-89102-2.
  3. Eberle, Henrik; Uhl, Matthias; MacDonogh, Giles (2000). The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared for Stalin from the Interrogations of Hitler's Personal Aides. PublicAffairs. pp. 188. ISBN 978-1-58648-456-9.
  4. Bullock, A. (1962) Hitler: A Study in Tyranny. Penguin Books. pp. 785.
  5. Kohler, Joachim; Taylor, Ronald K. (2001). Wagner's Hitler: The Prophet and His Disciple. Polity Press. pp. 19. ISBN 0-7456-2710-2.
  6. Junge, Traudl, Until the Final Hour, 2002, ISBN 0-297-84720-1
  7. Traudl Junge: Bis zur letzten Stunde. Hitlers Sekretärin erzählt ihr Leben. Claassen, Düsseldorf 2001, ISBN 3-546-00311
  8. O'Donnell, James (1978). The bunker: the history of the Reich Chancellery group. Boston: Houghton Mifflin. pp. 166. ISBN 0-395-25719-0.
  9. The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared For Stalin From The Interrogations of Hitler's Personal Aides, Edited by Henrik Eberle and Matthias Uhl and translated by Giles MacDonogh, Public Affairs, 2005, ISBN 1586483668.
  10. Tony le Tissier. Berlin Then and Now. After the Battle, 1992.

Ligações externas

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