Casa de Windsor: diferenças entre revisões
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| dinastia de origem = [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota|Saxe-Coburgo-Gota]] |
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| títulos = [[Rei do Reino Unido]]<br />[[Imperador da Índia]]<br />[[Príncipe de Gales]]<br />[[Ducado da Cornualha#Lista de Duques da Cornualha|Duque da Cornualha]]<br />[[Duque de Cambridge]]<br />[[Duque de Sussex]]<br />[[Duque de Iorque]]<br |
| títulos = {{Lista minimizável|[[Rei do Reino Unido]]<br />[[Imperador da Índia]]<br />[[Canadá|Rei do Canadá]]<br/>[[Austrália|Rei da Austrália]]<br/>[[Nova Zelândia|Rei da Nova Zelândia]]<br/>[[Jamaica|Rei da Jamaica]]<br/>[[Bahamas|Rei de Bahamas]]<br/>[[Granada (país)|Rei de Granada]]<br/>[[Papua-Nova Guiné|Rei de Papua-Nova Guiné]]<br/>[[Ilhas Salomão|Rei das Ilhas Salomão]]<br/>[[Tuvalu|Rei de Tuvalu]]<br/>[[Santa Lúcia|Rei de Santa Lúcia]]<br/>[[São Vicente e Granadinas|Rei de São Vicente e Granadinas]]<br/>[[Belize|Rei de Belize]]<br/>[[Antígua e Barbuda|Rei de Antígua e Barbuda]]<br/>[[São Cristóvão e Névis|Rei de São Cristóvão e Névis]]<br />[[Príncipe de Gales]]<br />[[Ducado da Cornualha#Lista de Duques da Cornualha|Duque da Cornualha]]<br />[[Duque de Cambridge]]<br />[[Duque de Sussex]]<br />[[Duque de Iorque]]<br/>[[Duque de Windsor]]<br />[[Duque de Edimburgo]]<br />[[Conde de Wessex]]<br />[[Conde de Chester]]<br/>[[Duque de Rothesay]]<br />[[Duque de Gloucester]]<br />[[Duque de Kent]]<br />[[Duque de Lencastre]]<br />[[Conde de Snowdon]]<br />[[Conde de Merioneth]]<br />[[Barão Greenwich]]}} |
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{{Família real britânica}} |
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A '''Casa de Windsor''' |
A '''Casa de Windsor''' ou '''Dinastia Windsor''' é uma [[Casa Real|casa real]] [[Britânicos|britânica]], e atualmente a [[Lista de casas reais soberanas atuais|casa reinante]] do [[Reino Unido]] e dos outros [[Reinos da Comunidade das Nações|reinos da Commonwealth]]. O nome da casa real foi inspirado na histórica propriedade do [[Castelo de Windsor]]. Desde que foi fundada em 17 de julho de 1917, houve cinco [[Lista de monarcas britânicos|monarcas britânicos]] da Casa de Windsor: [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]], [[Eduardo VIII do Reino Unido|Eduardo VIII]], [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]], [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]] e [[Carlos III do Reino Unido|Carlos III]]. Os filhos e descendentes da linha masculina da rainha [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]] e do príncipe [[Filipe, Duque de Edimburgo]] também pertencem genealogicamente à [[Casa de Oldemburgo]], já que Filipe era por nascimento um membro do [[Casa de Glücksburg]] daquela casa. |
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O nome foi mudado de ''Saxe-Coburgo-Gota'' para o inglês ''Windsor'' (do "[[Castelo de Windsor]]"<ref>http://www.dailymail.co.uk/femail/article-4252686/How-House-Windsor-born.html</ref>) em [[1917]] por causa do sentimento antialemão no [[Império Britânico]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]].<ref>{{citar web|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1467-954X.00200/pdf|título=''Identidade britânica e a princesa do povo''|acessodata=12 de novembro de 2014|obra=McGuigan, Jim (2001)}}</ref> Houve |
O nome foi mudado de ''Saxe-Coburgo-Gota'' para o inglês ''Windsor'' (do "[[Castelo de Windsor]]"<ref>http://www.dailymail.co.uk/femail/article-4252686/How-House-Windsor-born.html</ref>) em [[1917]] por causa do sentimento antialemão no [[Império Britânico]] durante a [[Primeira Guerra Mundial]].<ref>{{citar web|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1467-954X.00200/pdf|título=''Identidade britânica e a princesa do povo''|acessodata=12 de novembro de 2014|obra=McGuigan, Jim (2001)}}</ref> Houve cinco monarcas britânicos da casa de Windsor até hoje: quatro reis, incluindo o atual, [[Carlos III do Reino Unido|Carlos III]], e uma rainha, [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]]. Durante o reinado da casa de Windsor, grandes mudanças ocorreram na sociedade britânica. O Império Britânico participou na Primeira e na [[Segunda Guerra Mundial]], terminando no lado vencedor ambas as vezes, mas subsequentemente perdeu o seu status de [[superpotência]] durante a [[descolonização]] das antigas [[Colonialismo|colônias]] britânicas na [[África]] e na [[Ásia]]. Grande parte da [[Irlanda]] rompeu com o Reino Unido e os países remanescentes do Império tornaram-se a [[Comunidade das Nações]]. |
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O atual chefe da casa é monarca de dezesseis estados soberanos: o [[Reino Unido]] (onde ele reside), [[Canadá]], [[Austrália]], [[Nova Zelândia]], [[Jamaica]], [[Bahamas]], [[Granada (país)|Granada]], [[Papua-Nova Guiné]], [[Ilhas Salomão]], [[Tuvalu]], [[Santa Lúcia]], [[São Vicente e Granadinas]], [[Belize]], [[Antígua e Barbuda]] e [[São Cristóvão e Névis]]. Além dos reinos da Commonwealth, há também três [[dependências da Coroa]], catorze [[territórios ultramarinos britânicos]] e dois estados associados à Nova Zelândia ([[Ilhas Cook]] e [[Niue]]). |
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==Fundação== |
==Fundação== |
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[[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] e, por sua vez, seu filho [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]], eram membros da família ducal alemã [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota|Saxe-Coburgo-Gota]], em virtude de sua descendência |
O rei [[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] e, por sua vez, o seu filho [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]], eram membros da família ducal alemã [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota|Saxe-Coburgo-Gota]], em virtude de sua descendência do príncipe [[Alberto de Saxe-Coburgo-Gota]], marido e [[Lista de consortes reais britânicos|consorte]] da rainha [[Vitória do Reino Unido|Vitória]]. O sentimento antialemão entre os ingleses atingiu um pico em março de [[1917]], quando o'' Gotha G.IV'', um avião pesado capaz de atravessar o [[Canal da Mancha]], começou a bombardear [[Londres]] diretamente e tornou-se um nome familiar. No mesmo ano, em 15 de março, o Imperador [[Nicolau II da Rússia]], primo em primeiro grau de Jorge V (via sua mãe a nascida princesa [[Alexandra da Dinamarca]]), foi forçado a abdicar, o que levantou o espectro da eventual abolição de todas as [[monarquia]]s da [[Europa]]. O monarca britânico e sua [[família]] foram finalmente convencidos a abandonar todos os títulos alemães para versões anglicizadas. Assim, em 17 de julho de 1917, uma proclamação real emitida pela George V declarou: |
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{{Quote1|Agora, portanto, nós, de nossa real autoridade, declaro a anunciar que, a partir da data desta nossa Proclamação Real, nossa casa e família devem ser denominadas e conhecidas como a casa e família de Windsor, e que todo o descendentes de linha masculina de nossa avó, a rainha |
{{Quote1|Agora, portanto, nós, de nossa real autoridade, declaro a anunciar que, a partir da data desta nossa Proclamação Real, nossa casa e família devem ser denominadas e conhecidas como a casa e família de Windsor, e que todo o descendentes de linha masculina de nossa avó, a rainha Vitória, que são temas destes reinos, com exceção dos descendentes do sexo feminino que podem se casar ou que podem ter casado, devem constar o nome de Windsor. <ref> {{citar web|url=http://www.thegazette.co.uk/London/issue/30186/page/7119|título=''No. 30186. p. 7119'' - London Gazette|acessodata=12 de novembro de 2014|obra=[[London Gazette|The London Gazette]]}} </ref>}} |
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[[Ficheiro:A Good Riddance - George V of the United Kingdom cartoon in Punch, 1917.jpg|thumb|left|''Uma boa solução'' - charge publicada em 1917 na revista [[Punch (revista)|''Punch'']] retrata Jorge V "varrendo" seus títulos alemães.]] |
[[Ficheiro:A Good Riddance - George V of the United Kingdom cartoon in Punch, 1917.jpg|thumb|left|"''Uma boa solução''" - charge publicada em 1917 na revista [[Punch (revista)|''Punch'']] retrata [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]] "varrendo" os seus títulos alemães.]] |
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O nome teve uma longa associação com a [[Monarquia do Reino Unido|monarquia na Grã-Bretanha]], através da cidade de [[Windsor]], em [[Berkshire]], e o [[Castelo de Windsor]]; a ligação é em alusão à Torre Redonda do Castelo de Windsor sendo a base do emblema da Casa de Windsor. De 1917 a 1919, Jorge V também descartou quinze de suas relações alemãs - a maioria das quais pertenciam à [[casa de Hanôver]] - de seus títulos e estilos de príncipe e princesa britânicos. |
O nome teve uma longa associação com a [[Monarquia do Reino Unido|monarquia na Grã-Bretanha]], através da cidade de [[Windsor]], em [[Berkshire]], e o [[Castelo de Windsor]]; a ligação é em alusão à Torre Redonda do Castelo de Windsor sendo a base do emblema da Casa de Windsor. De 1917 a 1919, Jorge V também descartou quinze de suas relações alemãs - a maioria das quais pertenciam à [[casa de Hanôver]] - de seus títulos e estilos de príncipe e princesa britânicos. |
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Ao ouvir que seu primo havia mudado o nome da casa real britânica para Windsor e em referência a obra |
Ao ouvir que seu primo havia mudado o nome da casa real britânica para Windsor e em referência a obra "''[[The Merry Wives of Windsor|As Alegres Comadres de Windsor]]''" de [[William Shakespeare|Shakespeare]], o [[imperador alemão]] [[Guilherme II da Alemanha|Guilherme II]] comentou em tom de brincadeira que ele planejou ver "''as alegres comadres de Saxe-Coburgo-Gota''".<ref> {{citar web|url=http://books.google.com/books?id=4QcAVV_jIqYC&pg=PP22#v=onepage&q&f=false|título=''George, Nicholas and Wilhelm: Three Royal Cousins and the Road to World War I''|acessodata=12 de novembro de 2014|obra=Carter, Miranda (2010) }} </ref> |
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== Descendentes de Isabel II (Elizabeth II) == |
== Descendentes de Isabel II (Elizabeth II) == |
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Em [[1947]], a princesa [[Isabel II do Reino Unido|Isabel]] ( |
Em [[1947]], a princesa [[Isabel II do Reino Unido|Isabel de Iorque]] (rainha Isabel II), herdeira presuntiva do rei [[Jorge VI do Reino Unido]], casou-se com [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe Mountbatten]]. Ele era por nascimento um membro da casa real da [[Casa de Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo|Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glücksburgo]], um ramo da [[Casa de Oldemburgo]], e tinha sido um [[príncipe]] da [[Reino da Grécia|Grécia]] e [[Dinamarca]]. No entanto, não querendo repetir as dificuldades de três décadas anteriores, Filipe, poucos meses antes de seu casamento, renunciou aos seus títulos principescos e adotou o sobrenome "Mountbatten", que era o de seu tio e mentor, o famoso Lorde [[Louis Mountbatten, 1.º Conde Mountbatten da Birmânia]], e ele próprio foi adotada pelo pai do Visconde (avô materno de Filipe), o [[Luís de Battenberg|1.º Marquês de Milford Haven]], em 1917. É a tradução literal do alemão ''Battenberg'', que se refere à [[Battenberg (Hesse)|cidade homônima]] em [[Hesse]]. |
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Em 1952, logo após Isabel se tornar a rainha reinante dos [[Reinos da Comunidade de Nações|reinos da Commonwealth]], o [[Louis Mountbatten, 1.º Conde Mountbatten da Birmânia|Conde Mountbatten]] (como o tio de Filipe era então conhecido) defendeu que ela tinha que mudar o nome de sua casa real para ''Casa de Mountbatten''; era a prática padrão para a esposa em um casamento de adotar o sobrenome do marido. Quando a avó de Isabel, a rainha consorte [[Maria de Teck|Maria]], ouviu esta sugestão, ela informou o [[Primeiro-ministro do Reino Unido|primeiro-ministro]] [[Winston Churchill]] e mais tarde ele aconselhou a nova rainha reinante [[Isabel II do Reino Unido]] de emitir uma proclamação real declarando que a casa real devesse permanecer conhecida como a '''Casa de Windsor'''. Isso ela fez em 9 de abril de 1952, oficialmente ao declarar a sua: "''vontade e prazer que eu e meus filhos serão denominado e conhecido como a casa e família de Windsor, e que os meus descendentes que se casam e seus descendentes, devem constar o nome de Windsor''".<ref name="Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent">{{citar web|url=http://www.heraldica.org/topics/britain/prince_highness_docs.htm#1960|título=Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent|acessodata=9 de dezembro de 2014|data=}}</ref> Filipe reclamou em particular: "''Eu não sou nada, mas uma ameba sangrenta. Eu sou o único homem no país não tem permissão para dar seu nome para seus próprios filhos''".<ref>Brandreth, Gyles (2004). Philip and Elizabeth: Portrait of a Marriage. p.253–254.London: Century. ISBN 0-7126-6103-4</ref> |
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Em 8 de fevereiro de 1960, após a morte da rainha Maria e da renúncia de Churchill, Isabel confirmou que ela e seus filhos continuariam a ser conhecidos como a casa e família de Windsor, como faria qualquer descendente agnático que aprecia o |
Em 8 de fevereiro de 1960, após a morte da rainha Maria e da renúncia de Churchill, Isabel confirmou que ela e os seus filhos continuariam a ser conhecidos como a casa e família de Windsor, como faria qualquer descendente [[Patrilinearidade|agnático]] que aprecia o tratamento de "''[[Sua Alteza Real]]''" e o título de [[Príncipe britânico|príncipe ou princesa britânica]].<ref name="Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent">{{citar web|url=http://www.heraldica.org/topics/britain/prince_highness_docs.htm#1960|título=Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent|acessodata=9 de dezembro de 2014|data=}}</ref> Ainda assim, Isabel também decretou que seus descendentes agnáticos que não possuem esse tratamento e título teriam que usar o [[sobrenome]] de "'''''Mountbatten-Windsor'''''".<ref name="Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent">{{citar web|url=http://www.heraldica.org/topics/britain/prince_highness_docs.htm#1960|título=Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent|acessodata=9 de dezembro de 2014|data=}}</ref> |
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Isto veio após alguns meses de correspondência entre o primeiro-ministro [[Harold Macmillan]] e o perito constitucional [[Edward Iwi]]. Iwi havia levantado a possibilidade de que a criança prevista para nascer em fevereiro de 1960 deveria suportar "o emblema de bastardia" se fosse dado o nome de solteira de sua mãe (Windsor), em vez de o nome de seu pai (Mountbatten). Macmillan tinha tentado rebater Iwi, até [[Rab Butler]] aconselhar a rainha em janeiro de 1960 que, por algum tempo, ela tinha ''que seguir seu coração'' e fazer uma alteração que possa reconhecer o nome Mountbatten. Ela claramente quis fazer essa alteração antes do nascimento de seu filho. A questão não afetou o príncipe [[Carlos, Príncipe de Gales|Carlos]] ou a princesa [[Ana, Princesa Real]], uma vez que tinha nascido com o nome de Mountbatten, antes da adesão da rainha ao trono.<ref> {{citar web|url=http://www.theguardian.com/uk/1999/feb/18/monarchy|título="Queen feared 'slur' on family", The Guardian.|acessodata=12 de novembro de 2014|obra= Travis, Alan (18 de Fevereiro 1999)}} </ref> O príncipe [[André, Duque de Iorque|André]] nasceu 11 dias depois, no dia 19 de fevereiro de 1960. |
Isto veio após alguns meses de correspondência entre o primeiro-ministro [[Harold Macmillan]] e o perito constitucional [[Edward Iwi]]. Iwi havia levantado a possibilidade de que a criança prevista para nascer em fevereiro de 1960 deveria suportar "o emblema de bastardia" se fosse dado o nome de solteira de sua mãe (Windsor), em vez de o nome de seu pai (Mountbatten). Macmillan tinha tentado rebater Iwi, até [[Rab Butler]] aconselhar a rainha em janeiro de 1960 que, por algum tempo, ela tinha ''que seguir seu coração'' e fazer uma alteração que possa reconhecer o nome Mountbatten. Ela claramente quis fazer essa alteração antes do nascimento de seu filho. A questão não afetou o príncipe [[Carlos, Príncipe de Gales|Carlos]] ou a princesa [[Ana, Princesa Real]], uma vez que tinha nascido com o nome de Mountbatten, antes da adesão da rainha ao trono.<ref> {{citar web|url=http://www.theguardian.com/uk/1999/feb/18/monarchy|título="Queen feared 'slur' on family", The Guardian.|acessodata=12 de novembro de 2014|obra= Travis, Alan (18 de Fevereiro 1999)}} </ref> O príncipe [[André, Duque de Iorque|André]] nasceu 11 dias depois, no dia 19 de fevereiro de 1960. |
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== Chefes == |
== Chefes == |
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{{AP|Lista de monarcas britânicos}} |
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A [[dinastia]] foi fundada junto com a casa em 1917, pois Jorge V já era o monarca reinante do Reino Unido e do Império Britânico. Desde então, houve cinco monarcas. |
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Jorge V morreu em 1936, tornando o [[Príncipe de Gales]] rei, como rei [[Eduardo VIII do Reino Unido]], o segundo membro da dinastia. Eduardo [[Crise da abdicação de Eduardo VIII|abdicou]] após dez meses de reinando, antes mesmo de sua coroação. A crise foi causada pela vontade de Eduardo em se casar com [[Wallis Simpson]], uma ''[[socialite]]'' [[Povo dos Estados Unidos|estadunidense]] e divorciada. Entretanto, os seus súditos considerariam o casamento moralmente inaceitável, principalmente porque uma nova união após o divórcio era rejeitada pela [[Igreja da Inglaterra]].{{sfn|Broad|1961|p=75}}{{sfn|Windsor|1951|pp=330-331}} Eduardo foi sucedido por seu irmão, o príncipe Alberto, Duque de Iorque, que viria a reinar como [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]]. Jorge VI guiou a nação e o império durante a [[Segunda Guerra Mundial]], tornando-se um símbolo da resistência nacional. Além da Segunda Guerra, ocorreu no reinado de Jorge a [[Movimento de independência da Índia|independência da Índia]], fazendo dele o último [[Imperador da Índia]]. Seu reinado acabou em fevereiro de 1952.<ref>{{citar web |ultimo=Redação Resumo Online |primeiro= |url=https://www.resumoonline.com/rainha-da-inglaterra |titulo=Rainha da Inglaterra |data=15/01/2018 |acessodata=26/09/2018 |publicado=Resumo Online}}</ref> Sua filha e herdeira, a princesa [[Isabel II do Reino Unido|Isabel, Duquesa de Edimburgo]], tornou [[Rainha|rainha reinante]] de uma nação pós-guerra e de um império acabando aos poucos. Em mais de sessenta e cinco anos de reinado, a rainha era tida como o símbolo monárquico, resistindo a alguns fatores que corroeram a imagem da monarquia britânica, sendo a reação de Isabel e sua família em relação ao acidente fatal de [[Diana, Princesa de Gales]] (ex-primeira esposa do seu herdeiro o então príncipe [[Carlos III do Reino Unido|Carlos de Gales]]) um ponto em que as críticas à [[família real britânica]] cresceram.<ref> {{harvnb|Brandreth|2004|p=377}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=558–559}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=94}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=204}} </ref> Apesar de problemas, tanto a casa, a família como a dinastia se recuperaram, atingindo altos níveis de apoio público, em especial após os casamentos dos filho da famosa [[Diana, Princesa de Gales|Lady Diana Spencer, Princesa de Gales]]; o príncipe [[Guilherme, Duque de Cambridge]] em 2011 e o príncipe [[Henrique, Duque de Sussex]] em 2018. |
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{{Info |
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! colspan="2" | Monarca |
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| título = Dinastia de Windsor |
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! style="width:10%;" | [[Coroação do monarca britânico|Coroação]] |
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! style="width:13%;" | [[Lista de consortes reais britânicos|Consorte]] |
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| subtítulo = Dinasty of Windsor ([[Língua inglesa|en]]) |
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! style="width:15%;" | Morte |
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| imagem = Badge of the House of Windsor.svg |
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| imagem-tamanho = {{{imgw|}}} |
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|[[Ficheiro:King George V (1865-1936), when Duke of York.jpg|100px]]||<big>'''[[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]]'''</big>||3 de junho de 1865<br>[[Marlborough House]] |
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| legenda = Brasão da casa de Windsor |
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|6 de maio de 1910<br>{{ndash}}<br>20 de janeiro de 1936{{Nota de rodapé|Jorge V foi membro da [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota]] até a alteração do nome da casa real para "Casa de Windsor" em 17 de julho de 1917.}}<br><hr>(25 anos, 259 dias) ||22 de junho de 1911||[[Maria de Teck]]||20 de janeiro de 1936<br>[[Sandringham House]]<br>(70 anos, 231 dias)||Filho de [[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] |
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| rótulo1 = Status |
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| dados1 = {{{status|}}} |
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|[[Ficheiro:The Duke of Windsor (1945).jpg|100px]]||<big>'''[[Eduardo VIII do Reino Unido|Eduardo VIII]]'''</big>||23 de junho de 1894<br>[[White Lodge]] |
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| rótulo2 = Estado |
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|20 de janeiro de 1936<br>{{ndash}}<br>11 de dezembro de 1936<br><hr>(10 meses, 21 dias) || –||[[Wallis Simpson]] ||28 de maio de 1972<br>[[Neuilly-sur-Seine]]<br>(77 anos, 340 dias)||Filho de [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]] |
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| dados2 = {{GBRb}} [[Império Britânico]] |
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| rótulo3 = Título |
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|[[Ficheiro:King George VI LOC matpc.14736 A (cropped).jpg|100px]]||<big>'''[[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]]'''</big>||14 de dezembro de 1895<br>[[Sandringham House|York Cottage]] |
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| dados3 = [[Rei do Reino Unido]]<br />[[Imperador da Índia]] |
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|11 de dezembro de 1936<br>{{ndash}}<br>6 de fevereiro de 1952<br><hr>(15 anos, 57 dias) || 12 de maio de 1937||[[Isabel Bowes-Lyon]]||6 de fevereiro de 1952<br>[[Sandringham House]]<br>(56 anos, 54 dias)||Filho de [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]] |
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| tópico4 = Origem |
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| tópico4-estilo = background-color:#6A5ACD; color:white |
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|[[Ficheiro:Queen Elizabeth II of New Zealand (cropped).jpg|133x133px]]||<big>'''[[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]]'''</big>||21 de abril de 1926<br>[[Mayfair]] |
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| rótulo5 = Fundador |
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|6 de fevereiro de 1952<br>{{ndash}}<br>8 de setembro de 2022<br><hr>({{Tempo decorrido|6|2|1952|8|9|2022}}) ||[[Coroação de Isabel II do Reino Unido|2 de junho de 1953]]||[[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe da Grécia e Dinamarca]]||[[Morte e funeral de Estado de Isabel II do Reino Unido|8 de setembro de 2022]]<br>[[Castelo de Balmoral]]<br>(96 anos, 140 dias)||Filha de [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]] |
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| dados5 = [[Jorge V do Reino Unido]] |
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| rótulo6 = Ano de fundação |
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|[[Ficheiro:Charles, Prince of Wales in 2021 (cropped) (4).jpg|141x141px]]||<big>'''[[Carlos III do Reino Unido|Carlos III]]'''</big> |
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| dados6 = [[1917]] |
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|14 de novembro de 1948<br>[[Palácio de Buckingham]] |
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| rótulo7 = [[Casa real|Parte da]] |
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|8 de setembro de 2022<br>{{ndash}}<br>''presente''<br><hr>({{Tempo decorrido|8|9|2022}}) |
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| dados7 = '''Casa de Windsor''' |
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|[[Coroação de Carlos III do Reino Unido|6 de maio de 2023]] |
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| rótulo8 = [[Etnia]] |
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|[[Diana, Princesa de Gales|Diana Spencer]]<br>(1981–1996)<hr /> [[Camila do Reino Unido|Camilla Shand]]<br>(2005-) |
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| dados8 = [[Caucasiana]] |
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| tópico9 = Integrantes |
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|Filho de [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]] |
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A [[dinastia]] foi fundada junto com a casa em 1917, pois Jorge V já era o monarca reinante do Reino Unido e do Império Britânico. Desde então, houve quatro monarcas. |
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[[Ficheiro:Royal family on the balcony.JPG|thumb|right|400px|Membros da Casa de Windsor na cerimônia ''[[Trooping the Colour]]'' de [[2012]]. {{Small|Da esquerda para a direita: [[Sofia, Condessa de Wessex]]; [[Camila do Reino Unido|Camila, Duquesa da Cornualha]]; [[Carlos III do Reino Unido|Carlos, Príncipe de Gales]]; [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]]; [[Eduardo, Conde de Wessex]]; [[Ana, Princesa Real]]; [[Filipe, Duque de Edimburgo]]; [[Timothy Laurence]]; [[Luísa Windsor]]; [[Catarina, Princesa de Gales|Catarina, Duquesa de Cambridge]]; [[Guilherme, Príncipe de Gales|Guilherme, Duque de Cambridge]]; [[Beatriz do Reino Unido (1988)|Beatriz de Iorque]]; [[Helen Taylor|Columbus Taylor]]; [[Henrique, Duque de Sussex|Henrique de Gales]]; [[Eugénia do Reino Unido|Eugénia de Iorque]]; [[Paola Doimi de Lupis Frankopan Šubic Zrinski|Senhora Nicholas Windsor]]; [[Helen Taylor]]; [[Nicholas Windsor]]; [[Helen Taylor|Eloise Taylor]]; [[Helen Taylor|Estella Taylor]]; [[Amélia Windsor]]; [[Catarina, Duquesa de Kent]]; [[Jorge Windsor, Conde de St. Andrews]]; e [[Silvana Windsor, Condessa de St. Andrews]].}}]] |
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* [[Imagem:Simple crown 2 dark.svg|15px]] [[Jorge V do Reino Unido|Jorge V]] {{Small|(1865-1936)}} e [[Imagem:Simple silver crown.svg|15px]] [[Maria de Teck]] {{Small|(1867-1953)}} |
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** [[Imagem:Simple crown 2 dark.svg|15px]] [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]] {{Small|(1895-1952)}} |
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Jorge V morreu em 1936, tornando o [[Príncipe de Gales]] rei, como rei [[Eduardo VIII do Reino Unido]], o segundo membro da dinastia. Eduardo [[Crise da abdicação de Eduardo VIII|abdicou]] após dez meses de reinando, antes mesmo de sua coroação. A crise foi causada pela vontade de Eduardo em se casar com [[Wallis Simpson]], uma ''[[socialite]]'' [[americana]] e divorciada. Entretanto, os seus súditos considerariam o casamento moralmente inaceitável, principalmente porque uma nova união após o divórcio era rejeitada pela [[Igreja da Inglaterra]].{{sfn|Broad|1961|p=75}}{{sfn|Windsor|1951|pp=330-331}} Eduardo foi sucedido por seu irmão, Alberto, Duque de Iorque, que viria a reinar como [[Jorge VI do Reino Unido|Jorge VI]]. Jorge VI guiou a nação e o império durante a [[Segunda Guerra Mundial]], tornando-se um símbolo da resistência nacional. Além da Segunda Guerra, ocorreu no reinado de Jorge a [[Movimento de independência da Índia|independência da Índia]], fazendo dele o último [[Imperador da Índia]]. Seu reinado acabou em fevereiro de 1952,<ref>{{citar web|url=https://www.resumoonline.com/rainha-da-inglaterra|titulo=Rainha da Inglaterra|data=15/01/2018|acessodata=26/09/2018|publicado=Resumo Online|ultimo=Redação Resumo Online|primeiro=}}</ref> ao falecer. Sua filha e herdeira, Isabel, tornou rainha de uma nação pós-guerra e de um império acabando aos poucos. Em mais de sessenta e cinco anos de reinado, a rainha é tida como o símbolo monárquico, resistindo a alguns fatores que corroeram a imagem da monarquia britânica, sendo a reação de Isabel e sua família em relação a morte de [[Diana, Princesa de Gales]] um ponto em que as críticas à família real cresceram.<ref> {{harvnb|Brandreth|2004|p=377}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=558–559}}; {{harvnb|Roberts|2000|p=94}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=204}} </ref> Apesar de problemas, tanto a casa, a família como a dinastia se recuperaram, atingindo altos níveis de apoio público, em especial após os casamentos dos filho de lady Diana Spencer, Princesa de Gales. |
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== Ver também == |
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Revisão das 16h45min de 15 de julho de 2024
Nota: Para outros significados de Windsor, veja Windsor (desambiguação).| Casa de Windsor | |
|---|---|
| House of Windsor (em inglês) | |
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| Estado | |
| Título | Lista
|
| Origem | |
| Fundador | Jorge V do Reino Unido |
| Fundação | 1917 |
| Casa originária | Saxe-Coburgo-Gota |
| Atual soberano | |
 Carlos III
| |
| Linhagem secundária | |
| Mountbatten-Windsor | |
 |
|
A Casa de Windsor ou Dinastia Windsor é uma casa real britânica, e atualmente a casa reinante do Reino Unido e dos outros reinos da Commonwealth. O nome da casa real foi inspirado na histórica propriedade do Castelo de Windsor. Desde que foi fundada em 17 de julho de 1917, houve cinco monarcas britânicos da Casa de Windsor: Jorge V, Eduardo VIII, Jorge VI, Isabel II e Carlos III. Os filhos e descendentes da linha masculina da rainha Isabel II e do príncipe Filipe, Duque de Edimburgo também pertencem genealogicamente à Casa de Oldemburgo, já que Filipe era por nascimento um membro do Casa de Glücksburg daquela casa.
O nome foi mudado de Saxe-Coburgo-Gota para o inglês Windsor (do "Castelo de Windsor"[1]) em 1917 por causa do sentimento antialemão no Império Britânico durante a Primeira Guerra Mundial.[2] Houve cinco monarcas britânicos da casa de Windsor até hoje: quatro reis, incluindo o atual, Carlos III, e uma rainha, Isabel II. Durante o reinado da casa de Windsor, grandes mudanças ocorreram na sociedade britânica. O Império Britânico participou na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, terminando no lado vencedor ambas as vezes, mas subsequentemente perdeu o seu status de superpotência durante a descolonização das antigas colônias britânicas na África e na Ásia. Grande parte da Irlanda rompeu com o Reino Unido e os países remanescentes do Império tornaram-se a Comunidade das Nações.
O atual chefe da casa é monarca de dezesseis estados soberanos: o Reino Unido (onde ele reside), Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Névis. Além dos reinos da Commonwealth, há também três dependências da Coroa, catorze territórios ultramarinos britânicos e dois estados associados à Nova Zelândia (Ilhas Cook e Niue).
Fundação
O rei Eduardo VII e, por sua vez, o seu filho Jorge V, eram membros da família ducal alemã Saxe-Coburgo-Gota, em virtude de sua descendência do príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, marido e consorte da rainha Vitória. O sentimento antialemão entre os ingleses atingiu um pico em março de 1917, quando o Gotha G.IV, um avião pesado capaz de atravessar o Canal da Mancha, começou a bombardear Londres diretamente e tornou-se um nome familiar. No mesmo ano, em 15 de março, o Imperador Nicolau II da Rússia, primo em primeiro grau de Jorge V (via sua mãe a nascida princesa Alexandra da Dinamarca), foi forçado a abdicar, o que levantou o espectro da eventual abolição de todas as monarquias da Europa. O monarca britânico e sua família foram finalmente convencidos a abandonar todos os títulos alemães para versões anglicizadas. Assim, em 17 de julho de 1917, uma proclamação real emitida pela George V declarou:
| “ | Agora, portanto, nós, de nossa real autoridade, declaro a anunciar que, a partir da data desta nossa Proclamação Real, nossa casa e família devem ser denominadas e conhecidas como a casa e família de Windsor, e que todo o descendentes de linha masculina de nossa avó, a rainha Vitória, que são temas destes reinos, com exceção dos descendentes do sexo feminino que podem se casar ou que podem ter casado, devem constar o nome de Windsor. [3] | ” |
O nome teve uma longa associação com a monarquia na Grã-Bretanha, através da cidade de Windsor, em Berkshire, e o Castelo de Windsor; a ligação é em alusão à Torre Redonda do Castelo de Windsor sendo a base do emblema da Casa de Windsor. De 1917 a 1919, Jorge V também descartou quinze de suas relações alemãs - a maioria das quais pertenciam à casa de Hanôver - de seus títulos e estilos de príncipe e princesa britânicos.
Ao ouvir que seu primo havia mudado o nome da casa real britânica para Windsor e em referência a obra "As Alegres Comadres de Windsor" de Shakespeare, o imperador alemão Guilherme II comentou em tom de brincadeira que ele planejou ver "as alegres comadres de Saxe-Coburgo-Gota".[4]
Descendentes de Isabel II (Elizabeth II)
Em 1947, a princesa Isabel de Iorque (rainha Isabel II), herdeira presuntiva do rei Jorge VI do Reino Unido, casou-se com Filipe Mountbatten. Ele era por nascimento um membro da casa real da Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glücksburgo, um ramo da Casa de Oldemburgo, e tinha sido um príncipe da Grécia e Dinamarca. No entanto, não querendo repetir as dificuldades de três décadas anteriores, Filipe, poucos meses antes de seu casamento, renunciou aos seus títulos principescos e adotou o sobrenome "Mountbatten", que era o de seu tio e mentor, o famoso Lorde Louis Mountbatten, 1.º Conde Mountbatten da Birmânia, e ele próprio foi adotada pelo pai do Visconde (avô materno de Filipe), o 1.º Marquês de Milford Haven, em 1917. É a tradução literal do alemão Battenberg, que se refere à cidade homônima em Hesse.
Em 1952, logo após Isabel se tornar a rainha reinante dos reinos da Commonwealth, o Conde Mountbatten (como o tio de Filipe era então conhecido) defendeu que ela tinha que mudar o nome de sua casa real para Casa de Mountbatten; era a prática padrão para a esposa em um casamento de adotar o sobrenome do marido. Quando a avó de Isabel, a rainha consorte Maria, ouviu esta sugestão, ela informou o primeiro-ministro Winston Churchill e mais tarde ele aconselhou a nova rainha reinante Isabel II do Reino Unido de emitir uma proclamação real declarando que a casa real devesse permanecer conhecida como a Casa de Windsor. Isso ela fez em 9 de abril de 1952, oficialmente ao declarar a sua: "vontade e prazer que eu e meus filhos serão denominado e conhecido como a casa e família de Windsor, e que os meus descendentes que se casam e seus descendentes, devem constar o nome de Windsor".[5] Filipe reclamou em particular: "Eu não sou nada, mas uma ameba sangrenta. Eu sou o único homem no país não tem permissão para dar seu nome para seus próprios filhos".[6]
Em 8 de fevereiro de 1960, após a morte da rainha Maria e da renúncia de Churchill, Isabel confirmou que ela e os seus filhos continuariam a ser conhecidos como a casa e família de Windsor, como faria qualquer descendente agnático que aprecia o tratamento de "Sua Alteza Real" e o título de príncipe ou princesa britânica.[5] Ainda assim, Isabel também decretou que seus descendentes agnáticos que não possuem esse tratamento e título teriam que usar o sobrenome de "Mountbatten-Windsor".[5]
Isto veio após alguns meses de correspondência entre o primeiro-ministro Harold Macmillan e o perito constitucional Edward Iwi. Iwi havia levantado a possibilidade de que a criança prevista para nascer em fevereiro de 1960 deveria suportar "o emblema de bastardia" se fosse dado o nome de solteira de sua mãe (Windsor), em vez de o nome de seu pai (Mountbatten). Macmillan tinha tentado rebater Iwi, até Rab Butler aconselhar a rainha em janeiro de 1960 que, por algum tempo, ela tinha que seguir seu coração e fazer uma alteração que possa reconhecer o nome Mountbatten. Ela claramente quis fazer essa alteração antes do nascimento de seu filho. A questão não afetou o príncipe Carlos ou a princesa Ana, Princesa Real, uma vez que tinha nascido com o nome de Mountbatten, antes da adesão da rainha ao trono.[7] O príncipe André nasceu 11 dias depois, no dia 19 de fevereiro de 1960.
Qualquer futuro monarca pode alterar o nome dinástico através de uma proclamação real semelhante, como proclamações reais não tem autoridade legal.[8]
Chefes
Ver artigo principal: Lista de monarcas britânicosA dinastia foi fundada junto com a casa em 1917, pois Jorge V já era o monarca reinante do Reino Unido e do Império Britânico. Desde então, houve cinco monarcas.
Jorge V morreu em 1936, tornando o Príncipe de Gales rei, como rei Eduardo VIII do Reino Unido, o segundo membro da dinastia. Eduardo abdicou após dez meses de reinando, antes mesmo de sua coroação. A crise foi causada pela vontade de Eduardo em se casar com Wallis Simpson, uma socialite estadunidense e divorciada. Entretanto, os seus súditos considerariam o casamento moralmente inaceitável, principalmente porque uma nova união após o divórcio era rejeitada pela Igreja da Inglaterra.[9][10] Eduardo foi sucedido por seu irmão, o príncipe Alberto, Duque de Iorque, que viria a reinar como Jorge VI. Jorge VI guiou a nação e o império durante a Segunda Guerra Mundial, tornando-se um símbolo da resistência nacional. Além da Segunda Guerra, ocorreu no reinado de Jorge a independência da Índia, fazendo dele o último Imperador da Índia. Seu reinado acabou em fevereiro de 1952.[11] Sua filha e herdeira, a princesa Isabel, Duquesa de Edimburgo, tornou rainha reinante de uma nação pós-guerra e de um império acabando aos poucos. Em mais de sessenta e cinco anos de reinado, a rainha era tida como o símbolo monárquico, resistindo a alguns fatores que corroeram a imagem da monarquia britânica, sendo a reação de Isabel e sua família em relação ao acidente fatal de Diana, Princesa de Gales (ex-primeira esposa do seu herdeiro o então príncipe Carlos de Gales) um ponto em que as críticas à família real britânica cresceram.[12] Apesar de problemas, tanto a casa, a família como a dinastia se recuperaram, atingindo altos níveis de apoio público, em especial após os casamentos dos filho da famosa Lady Diana Spencer, Princesa de Gales; o príncipe Guilherme, Duque de Cambridge em 2011 e o príncipe Henrique, Duque de Sussex em 2018.
| Monarca | Nascimento | Reinado | Coroação | Consorte | Morte | Direito | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
 |
Jorge V | 3 de junho de 1865 Marlborough House |
6 de maio de 1910 – 20 de janeiro de 1936[nota 1] (25 anos, 259 dias) |
22 de junho de 1911 | Maria de Teck | 20 de janeiro de 1936 Sandringham House (70 anos, 231 dias) |
Filho de Eduardo VII |
 |
Eduardo VIII | 23 de junho de 1894 White Lodge |
20 de janeiro de 1936 – 11 de dezembro de 1936 (10 meses, 21 dias) |
– | Wallis Simpson | 28 de maio de 1972 Neuilly-sur-Seine (77 anos, 340 dias) |
Filho de Jorge V |
 |
Jorge VI | 14 de dezembro de 1895 York Cottage |
11 de dezembro de 1936 – 6 de fevereiro de 1952 (15 anos, 57 dias) |
12 de maio de 1937 | Isabel Bowes-Lyon | 6 de fevereiro de 1952 Sandringham House (56 anos, 54 dias) |
Filho de Jorge V |
 |
Isabel II | 21 de abril de 1926 Mayfair |
6 de fevereiro de 1952 – 8 de setembro de 2022 (70 anos, 7 meses e 2 dias) |
2 de junho de 1953 | Filipe da Grécia e Dinamarca | 8 de setembro de 2022 Castelo de Balmoral (96 anos, 140 dias) |
Filha de Jorge VI |
 |
Carlos III | 14 de novembro de 1948 Palácio de Buckingham |
8 de setembro de 2022 – presente (1 ano, 11 meses e 25 dias) |
6 de maio de 2023 | Diana Spencer (1981–1996) Camilla Shand (2005-) |
Filho de Isabel II | |
Membros
Ver artigo principal: Descendentes de Jorge V do Reino Unido
Jorge V (1865-1936) e
Maria de Teck (1867-1953)
Carlos III (1948-)
- Guilherme, Príncipe de Gales (1982-)
- Henrique, Duque de Sussex (1984-)
- Ana, Princesa Real (1950-)
- André, Duque de Iorque (1960-)
- Eduardo, Duque de Edimburgo (1964-)
- Margarida, Condessa de Snowdon (1930-2002)
- Maria, Princesa Real e Condessa de Harewood (1897-1965)
- Henrique, Duque de Gloucester (1900-1974)
- Guilherme de Gloucester (1941-1972)
- Ricardo, Duque de Gloucester (1944-)
- Alexandre Windsor, Conde de Ulster (1974-)
- Xan Windsor, Lorde Culloden (2007-)
- Cosima Windsor (2010-)
- Davina Windsor (1977-)
- Rosa Windsor (1980-)
- Alexandre Windsor, Conde de Ulster (1974-)
- Jorge, Duque de Kent (1902-1942)
- Eduardo, Duque de Kent (1935-)
- Jorge Windsor, Conde de St. Andrews (1962-)
- Helen Taylor (1964-)
- Nicholas Windsor (1970-)
- Alexandra, a Honorável Lady Ogilvy (1936-)
- Miguel de Kent (1942-)
- Eduardo, Duque de Kent (1935-)
- João do Reino Unido (1905-1919)
Simbologia
Títulos e heráldica
Ver artigo principal: Estilo do Soberano britânico
Ver também
- ↑ Jorge V foi membro da Casa de Saxe-Coburgo-Gota até a alteração do nome da casa real para "Casa de Windsor" em 17 de julho de 1917.
- ↑ http://www.dailymail.co.uk/femail/article-4252686/How-House-Windsor-born.html
- ↑ «Identidade britânica e a princesa do povo». McGuigan, Jim (2001). Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ «No. 30186. p. 7119 - London Gazette». The London Gazette. Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ «George, Nicholas and Wilhelm: Three Royal Cousins and the Road to World War I». Carter, Miranda (2010). Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ a b c «Royal Styles and Titles – 1960 Letters Patent». Consultado em 9 de dezembro de 2014
- ↑ Brandreth, Gyles (2004). Philip and Elizabeth: Portrait of a Marriage. p.253–254.London: Century. ISBN 0-7126-6103-4
- ↑ «"Queen feared 'slur' on family", The Guardian.». Travis, Alan (18 de Fevereiro 1999). Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ «The Royal Family name». Royal Household. Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ Broad 1961, p. 75.
- ↑ Windsor 1951, pp. 330-331.
- ↑ Redação Resumo Online (15 de janeiro de 2018). «Rainha da Inglaterra». Resumo Online. Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ Brandreth 2004, p. 377; Pimlott 2011, pp. 558–559; Roberts 2000, p. 94; Shawcross 2002, p. 204
