A editar Carlos II de Inglaterra
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Ele partiu de [[Scheveningen]] para a Inglaterra, chegando em [[Dover (Inglaterra)|Dover]] em 25 de maio e alcançando Londres no dia 29, seu aniversário de trinta anos. Apesar de Carlos e o parlamento terem dado anistia aos apoiadores de Cromwell no Decreto de Indenização e Esquecimento, cinquenta pessoas foram especialmente excluídas.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|p=190}}</ref> No final, nove dos regicidas de Carlos I foram [[hanged, drawn and quartered|arrastados enforcados e esquartejados]],<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/KingsandQueensoftheUnitedKingdom/TheStuarts/CharlesII.aspx|título=Charles II (r.1660 -1685)|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de setembro de 2014 }}</ref> enquanto outros receberam prisão perpétua e outros apenas excluídos de cargos públicos. Os corpos de Cromwell, Henrique Ireton e João Bradshaw foram sujeitos à indignidade da execução póstuma.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|p=185}}</ref> |
Ele partiu de [[Scheveningen]] para a Inglaterra, chegando em [[Dover (Inglaterra)|Dover]] em 25 de maio e alcançando Londres no dia 29, seu aniversário de trinta anos. Apesar de Carlos e o parlamento terem dado anistia aos apoiadores de Cromwell no Decreto de Indenização e Esquecimento, cinquenta pessoas foram especialmente excluídas.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|p=190}}</ref> No final, nove dos regicidas de Carlos I foram [[hanged, drawn and quartered|arrastados enforcados e esquartejados]],<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/KingsandQueensoftheUnitedKingdom/TheStuarts/CharlesII.aspx|título=Charles II (r.1660 -1685)|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de setembro de 2014 }}</ref> enquanto outros receberam prisão perpétua e outros apenas excluídos de cargos públicos. Os corpos de Cromwell, Henrique Ireton e João Bradshaw foram sujeitos à indignidade da execução póstuma.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|p=185}}</ref> |
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Carlos concordou em abolir impostos feudais; em troca o parlamento lhe garantiu uma renda anual de 1 |
Carlos concordou em abolir impostos feudais; em troca o parlamento lhe garantiu uma renda anual de 1.2 milhões de libras para poder administrar o governo, gerada principalmente a partir de direitos aduaneiros e impostos especiais de consumo.<ref>{{citar web|url=http://www.legislation.gov.uk/aep/Cha2/12/24/introduction|título=Tenures Abolition Act 1660|publicado=legislation.gov.uk|acessodata=10 de setembro de 2010 }}</ref> |
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A alegria de Carlos pela restauração foi diminuída na segunda metade de 1660 pelas mortes de seu irmão mais novo [[Henrique Stuart, Duque de Gloucester (1640-1660)|Henrique, Duque de Gloucester]], e sua irmã Maria por [[varíola]]. Por volta da mesma época, [[Ana Hyde]], filha do [[Lord Chancellor|Lorde Chanceler]] Eduardo Hyde, revelou que estava grávida de [[Jaime II de Inglaterra|Jaime, Duque de Iorque e Albany]] e irmão de Carlos, e que os dois haviam se casado secretamente. Eduardo Hyde, que não sabia do casamento ou da gravidez, foi feito Conde de Clarendon e sua posição como ministro favorito foi reforçada.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|pp=210–202}}; {{harvnb|Hutton|1989|pp=155–156}}; {{harvnb|Miller|1991|pp=43–44}}</ref> |
A alegria de Carlos pela restauração foi diminuída na segunda metade de 1660 pelas mortes de seu irmão mais novo [[Henrique Stuart, Duque de Gloucester (1640-1660)|Henrique, Duque de Gloucester]], e sua irmã Maria por [[varíola]]. Por volta da mesma época, [[Ana Hyde]], filha do [[Lord Chancellor|Lorde Chanceler]] Eduardo Hyde, revelou que estava grávida de [[Jaime II de Inglaterra|Jaime, Duque de Iorque e Albany]] e irmão de Carlos, e que os dois haviam se casado secretamente. Eduardo Hyde, que não sabia do casamento ou da gravidez, foi feito Conde de Clarendon e sua posição como ministro favorito foi reforçada.<ref>{{harvnb|Fraser|1979|pp=210–202}}; {{harvnb|Hutton|1989|pp=155–156}}; {{harvnb|Miller|1991|pp=43–44}}</ref> |
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O Parlamento Cavalier, apesar de anteriormente favorável a Carlos, foi alienado pelas guerras e políticas religiosas do rei durante a década de 1670. Carlos emitiu em 1672 a Real Declaração de Indulgência, em que ele pretendia suspender todas as leis penais contra católicos e outros dissidentes religiosos. No mesmo ano, ele abertamente apoiou a França católica e iniciou a [[Terceira Guerra Anglo-Holandesa]].<ref>{{harvnb|Fraser|1979|pp=305–308}}; {{harvnb|Hutton|1989|pp=284–285}}</ref> |
O Parlamento Cavalier, apesar de anteriormente favorável a Carlos, foi alienado pelas guerras e políticas religiosas do rei durante a década de 1670. Carlos emitiu em 1672 a Real Declaração de Indulgência, em que ele pretendia suspender todas as leis penais contra católicos e outros dissidentes religiosos. No mesmo ano, ele abertamente apoiou a França católica e iniciou a [[Terceira Guerra Anglo-Holandesa]].<ref>{{harvnb|Fraser|1979|pp=305–308}}; {{harvnb|Hutton|1989|pp=284–285}}</ref> |
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O parlamento foi contra a Declaração de Indulgência por questões constitucionais ao afirmar que Carlos não tinha o direito de arbitrariamente suspender leis aprovadas pelo parlamento. O rei retirou a declaração e também concordou com o [[Ato de Prova]], que inicialmente exigia que funcionários públicos recebessem a [[eucaristia]] sob as formas prescritas pela Igreja Anglicana,<ref>{{citar livro|editor=Raithby, John|título=Statutes of the Realm|local=Londres|editora=History of Parliament Trust|ano=1819|páginas=782–785|volume=5|capítulo="Charles II, 1672: An Act for preventing Dangers which may happen from Popish Recusants" }}</ref> e depois também os forçava a denunciar certos ensinamentos da Igreja Católica como "[[Superstição|supersticiosos]] e [[Idolatria|idolátricos]]".<ref>{{citar livro|editor=Raithby, John|título=Statutes of the Realm|local=Londres|editora=History of Parliament Trust|ano=1819|páginas= 894–896|volume=5|capítulo="Charles II, 1678: (Stat. 2.) An Act for the more effectuall preserving the Kings Person and Government by disableing Papists from sitting in either House of Parlyamen"t }}</ref> Clifford, que já havia se convertido ao catolicismo, renunciou ao invés de prestar o juramento e cometeu suicídio pouco tempo depois.<ref>{{citar web|url=http://www.historyofparliamentonline.org/volume/1660-1690/member/clifford-thomas-1630-73|título=CLIFFORD, Thomas (1630-73), of Ugbrooke, Chudleigh, Devon|obra=The History of Parliament|acessodata=13 de setembro de 2014 }}</ref> Por volta de 1674, a Inglaterra não tinha ganho nada com a Terceira Guerra Anglo-Holandesa e o parlamento recusou-se a dar mais fundos, forçando Carlos a fazer a paz.<ref>{{Citar enciclopédia|enciclopédia=Encyclopædia Britannica|título=Anglo-Dutch Wars|editora=[[Encyclopædia Britannica, Inc.]] }}</ref> |
O parlamento foi contra a Declaração de Indulgência por questões constitucionais ao afirmar que Carlos não tinha o direito de arbitrariamente suspender leis aprovadas pelo parlamento. O rei retirou a declaração e também concordou com o [[Ato de Prova]], que inicialmente exigia que funcionários públicos recebessem a [[eucaristia]] sob as formas prescritas pela Igreja Anglicana,<ref>{{citar livro|editor=Raithby, John|título=Statutes of the Realm|local=Londres|editora=History of Parliament Trust|ano=1819|páginas=782–785|volume=5|capítulo="Charles II, 1672: An Act for preventing Dangers which may happen from Popish Recusants" }}</ref> e depois também os forçava a denunciar certos ensinamentos da Igreja Católica como "[[Superstição|supersticiosos]] e [[Idolatria|idolátricos]]".<ref>{{citar livro|editor=Raithby, John|título=Statutes of the Realm|local=Londres|editora=History of Parliament Trust|ano=1819|páginas= 894–896|volume=5|capítulo="Charles II, 1678: (Stat. 2.) An Act for the more effectuall preserving the Kings Person and Government by disableing Papists from sitting in either House of Parlyamen"t }}</ref> Clifford, que já havia se convertido ao catolicismo, renunciou ao invés de prestar o juramento e cometeu suicídio pouco tempo depois.<ref>{{citar web|url=http://www.historyofparliamentonline.org/volume/1660-1690/member/clifford-thomas-1630-73|título=CLIFFORD, Thomas (1630-73), of Ugbrooke, Chudleigh, Devon|obra=The History of Parliament|acessodata=13 de setembro de 2014 }}</ref> Por volta de 1674, a Inglaterra não tinha ganho nada com a Terceira Guerra Anglo-Holandesa e o parlamento recusou-se a dar mais fundos, forçando Carlos a fazer a paz.<ref>{{Citar enciclopédia|enciclopédia=Encyclopædia Britannica|título=Anglo-Dutch Wars|editora=[[Encyclopædia Britannica, Inc.]] }}</ref> |
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[[Ficheiro:Charles-pineapple.jpg|thumb|left|Carlos foi presenteado em 1675 com o primeiro [[Ananás|abacaxi]] plantado na Inglaterra. Pintura por Hendrick Danckerts, na [[Royal Collection]].]] |
[[Ficheiro:Charles-pineapple.jpg|thumb|left|Carlos foi presenteado em 1675 com o primeiro [[Ananás|abacaxi]] plantado na Inglaterra. Pintura por Hendrick Danckerts, na [[Royal Collection]].]] |