A editar Cavalo de Troia
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[[Imagem:Kupferstich des Giovanni Battista Fontana, Cheval de Troye.png|thumb|esquerda|Laocoonte e seus filhos atacados pelas serpentes, à esquerda, e o cavalo sendo levado para a cidade, ao fundo. Gravura de [[Giovanni Battista Fontana]]]] |
[[Imagem:Kupferstich des Giovanni Battista Fontana, Cheval de Troye.png|thumb|esquerda|Laocoonte e seus filhos atacados pelas serpentes, à esquerda, e o cavalo sendo levado para a cidade, ao fundo. Gravura de [[Giovanni Battista Fontana]]]] |
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À parte, Laocoonte sacrificava um touro a [[Netuno (mitologia)|Netuno]], quando de Tenedos oportunamente saem duas serpentes monstruosas, que matam o sacerdote e seus dois filhos e em seguida se refugiam no templo de Atena. Apavorados, os troianos |
À parte, Laocoonte sacrificava um touro a [[Netuno (mitologia)|Netuno]], quando de Tenedos oportunamente saem duas serpentes monstruosas, que matam o sacerdote e seus dois filhos e em seguida se refugiam no templo de Atena. Apavorados, os troianos vêem no prodígio um sinal dos céus e acreditam que a deusa o punia por ter profanado a oferenda com a lança. Nada mais faltava para que os troianos acreditassem na história de Sinon, rasgassem uma brecha na muralha e levassem o cavalo para a cidade, em meio a uma grande festa. [[Cassandra]], filha do rei Príamo, tinha o dom da profecia e prevê a catástrofe iminente, mas por antiga maldição de [[Apolo]] suas profecias nunca eram levadas a sério. A noite cai, dorme o povo, embriagado. Sinon abre o cavalo, seus companheiros saem e matam os vigias, e dão um sinal para o exército escondido em Tenedos, que se aproxima, invade a cidade, a saqueia e deita-lhe fogo, em meio ao massacre dos seus habitantes.<ref name="Maronis"/> |
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A história foi repetida com variações por escritores tardios, como [[Quinto de Esmirna]], [[Higino]] e [[João Tzetzes]]. Quinto disse que no cavalo penetraram trinta homens, e o [[Pseudo-Apolodoro]], que foram cinquenta.<ref name="Apollodorus"/> Apolodoro também deu outros detalhes: atribuiu a Ulisses a ideia de construir o cavalo, e a Apolo o envio das serpentes; disse que o cavalo portava a inscrição "Para seu regresso à pátria, os gregos dedicam este cavalo a Atena", e mudou um pouco a ordem dos eventos.<ref>Apollodorus. [http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus:text:1999.01.0022:text=Epitome:book=E:chapter=5&highlight=neoptolemus ''Epitome'']. Livro E</ref> [[Trifiodoro]], em ''[[A Tomada de Ílios]]'', deixou a mais longa e elaborada versão conhecida, demorando-se em detalhes sobre a construção e o aspecto do cavalo, que, segundo narra, era uma obra de arte impressionante, dotada de beleza e graça, suscitando a admiração dos troianos.<ref>Paschalis, Michael. "Pandora and the Wooden Horse: A Reading of Triphiodorus' Ἰλίου Ἅλωσις". In: Paschalis, Michael. ''Roman and Greek Imperial Epic.''. Michael Paschalis, 2005, p. 94</ref> Tinha os arreios adornados de púrpura, ouro e marfim, seus olhos eram rodeados de pedras preciosas, e sua boca, com alvos dentes, se abria conduzindo a um canal para ventilação interna, para que os guerreiros ocultos não fossem asfixiados. O corpo era poderoso, e curvo como um navio; atrás, sua cauda volumosa descia ao chão em tranças e faixas. Os cascos de bronze, munidos de rodas, sustentavam pernas que davam a impressão de se mover. Tão bela e aterradora era a criação que [[Ares]] não hesitaria montá-la se fosse viva. Para manter os homens nutridos e não fraquejassem no momento decisivo, Atena lhes deu [[ambrosia]].<ref>Tryphiodorus. [http://www.theoi.com/Text/Tryphiodorus.html ''The Taking of Ilios'']. Tradução de A. W. Mair. Theoi E-Texts Library</ref> |
A história foi repetida com variações por escritores tardios, como [[Quinto de Esmirna]], [[Higino]] e [[João Tzetzes]]. Quinto disse que no cavalo penetraram trinta homens, e o [[Pseudo-Apolodoro]], que foram cinquenta.<ref name="Apollodorus"/> Apolodoro também deu outros detalhes: atribuiu a Ulisses a ideia de construir o cavalo, e a Apolo o envio das serpentes; disse que o cavalo portava a inscrição "Para seu regresso à pátria, os gregos dedicam este cavalo a Atena", e mudou um pouco a ordem dos eventos.<ref>Apollodorus. [http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus:text:1999.01.0022:text=Epitome:book=E:chapter=5&highlight=neoptolemus ''Epitome'']. Livro E</ref> [[Trifiodoro]], em ''[[A Tomada de Ílios]]'', deixou a mais longa e elaborada versão conhecida, demorando-se em detalhes sobre a construção e o aspecto do cavalo, que, segundo narra, era uma obra de arte impressionante, dotada de beleza e graça, suscitando a admiração dos troianos.<ref>Paschalis, Michael. "Pandora and the Wooden Horse: A Reading of Triphiodorus' Ἰλίου Ἅλωσις". In: Paschalis, Michael. ''Roman and Greek Imperial Epic.''. Michael Paschalis, 2005, p. 94</ref> Tinha os arreios adornados de púrpura, ouro e marfim, seus olhos eram rodeados de pedras preciosas, e sua boca, com alvos dentes, se abria conduzindo a um canal para ventilação interna, para que os guerreiros ocultos não fossem asfixiados. O corpo era poderoso, e curvo como um navio; atrás, sua cauda volumosa descia ao chão em tranças e faixas. Os cascos de bronze, munidos de rodas, sustentavam pernas que davam a impressão de se mover. Tão bela e aterradora era a criação que [[Ares]] não hesitaria montá-la se fosse viva. Para manter os homens nutridos e não fraquejassem no momento decisivo, Atena lhes deu [[ambrosia]].<ref>Tryphiodorus. [http://www.theoi.com/Text/Tryphiodorus.html ''The Taking of Ilios'']. Tradução de A. W. Mair. Theoi E-Texts Library</ref> |