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O Lobo da Estepe |
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Resumo tradução do artigo em alemão Inhalt: der Steppenwolf |
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Na iminência de completar cinqüenta anos, Harry Haller passa dez meses em uma grande cidade da Baixa - Suíça, a mesma que já havia visitado há vinte e cinco anos. Durante esse período de relaxamento ele supera sua profunda depressão e seu misantropismo através de um “processo de aprendizado”, sob a tutela de sua nova amiga. A vida que o protagonista levara até então é brevemente descrita: Haller é um pequeno burguês culto e ascendente, que exerceu uma profissão que se ocupa do vasto campo da produção poética, musical e filosófica. É bem conceituado como autor e conhecedor de Mozart e Goethe; suas opiniões pacifistas também são conhecidas da opinião pública. Ele apenas insinuava alguns lances com os quais teve de se conformar: certa vez perdeu a reputação e os bens, outra perdeu a esposa, e então a razão o abandonou de vez. Depois disso ele se concentrou em sua profissão, até que não encontrou mais satisfação nisso, e iniciou uma fase agitada e cansativa de viagens. Nós o encontraremos, após essa fase de viagens ainda a caminho, transformado naquele que ele chama de “sem, profissão, sem família e sem pátria”. |
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|relacionado = [[Wikipédia:Projetos/Literatura|Projeto Literatura]] |
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As ideais de Haller de felicidade são determinadas pelas escassas horas de alegria, nas quais ele experimentou “..., vivência, êxtase e arrebatamento” por meio da poesia e da musica, momentos nos quais ele “encontrou Deus no trabalho”. Ele anseia pelo reencontro de “um indício divino”, o qual ele parece ocultar e destruir em meio ao zelo burguês que o cerca. Ele almeja ter parte nesse mundo divino por meio do trabalho, que devido ao embate de suas duas almas opostas não dá certo. |
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|nome = Predefinição:Esboço-livro |
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Então ,Haller passa a se ver como “o lobo da estepe”, um ser de natureza dupla: enquanto homem ele é um indivíduo de formação, amante das boas idéias , da musica e da filosofia; tem dinheiro no banco, é adepto da cultura burguesa e dos compromissos, portador da vestimenta burguesa , com anseios comuns. Como lobo ele é um cético solipso para com a sociedade e cultura burguesas, e, assim, para o cidadão de gênio superior não passa de um intruso, um revolucionário político. Em poucas palavras é seu contraste de homem e lobo, de razão e instinto. Na verdade, ele descobre em seu modo de vida uma combinação de lances do acaso com uma recompensa do bom senso e da profundidade, mas ao mesmo tempo da solidão e do desespero também. Ele se ocupa de seu suicídio e decide até meso que será, possivelmente, ao completar cinqüenta anos. Contudo, o aniversário chega sem qualquer acontecimento extraordinário (se bem que, quanto a esta última saída de emergência, seu sofrimento em parte se alivia). |
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Haller parece estar preso entre dois tempos, duas culturas e religiões, nos quais o sufocam o tédio burguês, com sua corrupção e agitação de guerra, e não mitiga por meio de outra cultura o isolamento, o desespero e a vida de “lobo das estepes”. A organização burguesa da mulher que lhe aluga o quarto tem, apesar de sua atitude antiburguesa, uma grande força de atração: o aroma da tranqüilidade e da limpeza, a meticulosa disposição do patamar em uma araucária, constituem amenidades em meio a perplexidade e a fatalidade, nesses dias de desfalecimento de sua alma. |
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Quase no meio do romance, ele encontra na cidade de sua parada temporária a tanto andrógina quanto compreensiva Hermínia em um café dançante, aquela que, à primeira vista, faz ele lembra vagamente de Hermann, amigo seu de infância. Mas, talvez ela seja também somente o alter ego feminino de Hess. Hermínia é uma mulher e prostituta ocasional, que disso tira seu sustento. Para Haller ela é a sedutora guia para novas experiências, como fora no passado Virgilio para Dante. Haller e Hermínia se dizem irmãos; Hermínia se vê como um ser-reflexo, que acolhe e responde aos desejos de Haller, uma alma aparentada, que como uma cortesã o ensina a dançar novos ritmos, a rir e a viver. Seu ensinamento mais importante para Haller é o de que ele próprio deve tomar as rédeas de seu destino em suas mãos: “como você pode dizer que me daria suas economias, se não quer dançar ao menos uma vez?” |
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Assim, Hermínia existe para isso: para que ele a obedeça e lhe anuncie, já no seu primeiro encontro, que ele e ela devem morrer. Ela não reflete somente sua própria sina, mas também a dele , para que ele conheça e se intere a respeito de que ambos fazem parte da verdadeiramente genuína e sofisticada humanidade, que provém de “uma dimensão elevada, que inclui os “santos”, a quem Haller e Hermínia parecem ir ao encontro. |
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Hermínia coloca Haller na cama com Maria, sua bela colega, quase num nível pedagógico de sua maturidade. Haller aluga para sua amásia uma pequena moradia, e descobre com ela, pela primeira vez, os instintos físicos. Porém, em seguida Haller é tirado de seu contentamento: ele anseia por novos sofrimentos. Esse fato o deixa submisso diante da morte e disposto a dar o primeiro passo m direção a um novo desenvolvimento. Sem qualquer embaraço toma o for a de Maria: “já é quase hora de eu seguir meu caminho”. |
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Haller vai, mais à noite, a um baile de máscaras, que acontece em um prédio com muitas salas, corredores e andares. Porém, em meio ao tumulto ele não encontra Hermínia. No entanto, é lhe dado um indício sobre um teatro mágico, que ás quatro da manhã foi decorado como inferno, ocupando o compartimento do porão. Lá ele encontra Maria e, depois, Hermínia, na qual ele reconhece seu amigo de infância Hermann “só um pouco despenteado e bem maquiado” e, logo em seguida, sucumbe ao “encanto hermafrodita” dela (e). Hermínia e Haller dançam como “rivais” com as mesmas mulheres – “tudo era um conto de fadas, tudo estava numa dimensão mais ampla, com um significado mais profundo, tudo era representação e simbologia”. |
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Haller passa por uma múltipla variação de personalidade nesse “inferno”: ele vivencia o declínio do individuo na massa, sua “unio mystika” do prazer. De repente, ele vê seu alter ego , Hermínia , como uma “pierrô preta com o rosto pintado de branco”, então eles dançam uma marcha nupcial , e pelos olhos dela “minha pobre e humilde alma me espia”. Por meio desta união mística tem início a última fase da transformação: Hermínia, Pablo (um músico amigo de Hermínia) e Haller ingerem drogas juntos e sob o efeito destas abre-se o salão imagético na alma de Haller, que há muito procurara o “teatro mágico”, “onde só existem imagens, e não realidade”. Haller se encontra em um corredor em forma de ferradura, de um teatro com inscrições atrativas ao longo de suas inumeráveis portas de camarotes, atrás das quais sucedem-se o s fenômenos , com los quais Halller deve aprender a “ arte do riso”, Como sexto de seus fenômenos, Haller se depara com um espelho em cacos aos seus pés, e chega a um camarote , onde Pablo e Hermínia jazem ao chão nus e exaustos pelo coito. Então Haller crava uma faca na marca de uma mordida de amor sob o lado esquerdo do peito de Hermínia, e ela parece sangrar até a morte. |
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Haller se lembra então de suas quadras sobre a imortalidade no pensar, Mozart encontra-se em um camarote mexendo em um rádio para escutar música de comercial - para Haller isso é quase um sacrilégio , para Mozart somente uma oportunidade de rir da guerra entre a idéia divina e a manifestação profana . Haller deve aprender a “arte do riso”, o humor, que para ele só poderia ser o humo r derradeiro. Pelo crime do assassinato de Hermínia (prenunciado e, portanto, não executado de fato), Haller é condenado à pena de vida eterna e motivo único de chacota, já que ao invés de ter rido de seu ciúme, ele matou com uma faca. Haller é otimista; ele imagina que da próxima vez vai poder jogar melhor esse jogo. |
Edição atual tal como às 08h47min de 30 de agosto de 2021
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