Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado: diferenças entre revisões
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Revisão das 13h12min de 25 de outubro de 2020
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado | |
---|---|
Número eleitoral | 16 |
Presidente | José Maria de Almeida |
Fundação | 30 de setembro de 1993 (31 anos) |
Registro | 19 de dezembro de 1995 (28 anos)[1] |
Sede | São Paulo, SP |
Ideologia | Socialismo[2] Socialismo Revolucionário Nacionalismo de esquerda[3] Comunismo[4] Trotskismo[5] Morenismo[6] Anticapitalismo |
Espectro político | Esquerda[8] a extrema-esquerda[9] |
Ala de juventude | Coletivo Rebeldia |
Antecessor | Partido dos Trabalhadores (cisão) |
Membros (2020) | 15 815 filiados[10] |
Afiliação internacional | Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI) |
Cores | |
Bandeira do partido | |
Página oficial | |
www | |
Política do Brasil |
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) é um partido político do Brasil fundado em 1993.
Suas cores são o vermelho e amarelo e o seu código eleitoral é o 16.[11] O PSTU é uma organização socialista, que reivindica o marxismo revolucionário, baseando-se nas teorias e práticas de Leon Trótski e de Nahuel Moreno. O PSTU também é a seção no Brasil da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional (LIT-QI), sendo a maior seção dessa organização, que em outros países se articula como partido legalizado ou não, ou como corrente interna de partidos anticapitalistas amplos. Assim como o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido da Causa Operária (PCO), o PSTU faz oposição de esquerda aos governos municipais, estaduais e federal.
Em 2018, PSTU posicionou-se da seguinte forma sobre a prisão de Lula: acreditamos que a condenação ou não de Lula de nada contribui para a superação da exploração da classe trabalhadora, considerando o líder do PT um agente da burguesia[12]. Em setembro de 2020 possuía 15.815 filiados.[13]
História
Em abril de 1992, o deputado José Dirceu apresenta, na reunião da Executiva Nacional do PT, uma resolução que foi aprovada, dando prazo de 15 dias para que a Convergência Socialista se adaptasse à nova regulamentação de tendências. Esta proibia manifestações abertas contra a política da direção majoritária. Afirmava José Dirceu que, para evitar a publicidade de tais manifestações, se deveriam proibir sedes próprias, jornal próprio, finanças próprias, relações internacionais públicas e de partido, pois estas seriam a exteriorização de uma política contrária às resoluções do PT e do seu primeiro Congresso.[14]
Após sair do Partido dos Trabalhadores, em meados de 1992, a Convergência Socialista (CS) deu início à formação de um novo partido, juntamente com outros pequenos grupos de extrema-esquerda que, na época, formavam a chamada Frente Revolucionária (FR), que, além da CS, contava com outras organizações, tais como:
- O Partido da Frente Socialista (PFS), antes denominado como Partido da Libertação Proletária (PLP)[15];
- o Movimento Socialista Revolucionário;
- a Democracia Operária, formada principalmente por bancários de Porto Alegre, um dos seus líderes era Victor Hugo Ghiorzi;
- Liga, formada por militantes que romperam com o PT em no início de 1993, tais como: Júnia Gouveia, Celso Lavorato, Edmilson Araújo, Rômulo Rodrigues, Santiago, Henrique Martins e Lays Machado;
- Grupo Independente de Diadema; e
- Coletivo Luta de Classes, dentre os seus dirigentes, podem-se citar: Carlos Bauer e Magno de Carvalho.
E militantes independentes, tais como: Edinaldo Leite, Luiz Alvez, Dário e Ênio Bucchioni.
Em 5 de março de 1993, o Grupo Independente de Diadema e o Coletivo Luta de Classes romperam com a FR, que passou a se denominar como Frente Socialista por um Partido Revolucionário.
Entre 3 e 5 de julho de 1994, a FR reuniu em um Congresso para fundar o PSTU[16].
MAIS
Em julho de 2016, 739 militantes assinaram um manifesto de ruptura com o partido,[17][18] e, posteriormente, fundaram o Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS).[19][20][21]
O marxismo revolucionário e obras de Leon Trótski e de Nahuel Moreno estão entre suas principais bases teóricas e práticas. O símbolo do movimento é uma cerquilha (#) nas cores vermelho, roxo, amarelo e verde, seguido do acrônimo MAIS. A ruptura se deu no início de Julho do mesmo ano, quando os militantes escreveram e assinaram o manifesto "Arrancar alegria ao futuro".[22][23]
Em 4 de agosto de 2017, o MAIS oficializou sua entrada como corrente interna no PSOL. A decisão foi tomada no congresso da organização, que aconteceu dos dias 27 a 30 de julho, em São Paulo.[24]
Desempenho e participação eleitorais
Eleições estaduais
Nas eleições estaduais de 2010, em Minas Gerais, o PSTU apresentou a candidatura a governador da Frente de Esquerda, enquanto em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, entre outros estados, o partido apresentou a candidatura ao Senado Federal.
UF | Governador(a)[25] | Coligação[25] |
---|---|---|
AL | Mário Agra (MES-PSOL) | PSOL / PSTU |
AM | Hebert Amazonas (PSTU) | PSTU |
AP | Genival Cruz (PSTU) | PSTU |
BA | Renata Mallet (PSTU) | PSTU |
CE | Ailton Lopes (Insurgência-PSOL) | PSOL / PSTU / PCB |
DF | Toninho (US-PSOL) | PSOL / PSTU / PCB |
ES | Mauro Ribeiro (PCB) | PCB / PSTU |
GO | Marta Jane (PCB) | PCB / PSTU |
MA | Saulo Arcangeli (PSTU) | PSTU |
MG | Fidélis (US-PSOL) | PSOL / PSTU |
MS | Prof. Monje (PSTU) | PSTU |
PA | Marco Carrera (US-PSOL) | PSOL / PSTU |
PB | Antônio Radical (PSTU) | PSTU |
PE | Jair Pedro (PSTU) | PSTU |
PI | Daniel Solon (PSTU) | PSTU |
PR | Rodrigo Tomazini (PSTU) | PSTU |
RJ | Dayse Oliveira (PSTU) | PSTU |
RN | Simone Dutra (PSTU) | PSTU |
RO | Pimenta de Rondônia (US-PSOL) | PSOL / PSTU |
RR | Hamilton (independente-PSOL) | PSOL / PSTU |
RS | Roberto Robaina (MES-PSOL) | PSOL / PSTU |
SC | Gilmar Salgado (PSTU) | PSTU |
SE | Prof. Sônia Meire (CRS-PSOL)[26] | PSOL / PSTU / PCB |
SP | Maringoni (US-PSOL) | PSOL / PSTU |
Nas eleições estaduais de 2014, o PSTU apoiou candidatos a governadores em todos os estados, com exceção do Acre, do Mato Grosso do Sul e do Tocantins.[25] Na metade desses 24 estados, o PSTU não conformou frentes eleitorais nem com o PSOL, nem com o PCB (duas legendas que são suas aliadas prioritárias).[25] No Espírito Santo, o PSTU compôs uma frente somente com o PCB, enquanto o PSOL lançava uma candidata a governadora da corrente Insurgência. O mesmo ocorreu em Goiás, porém o candidato do PSOL foi da corrente Unidade Socialista.[25] Nos estados em que o PSTU coligou-se somente com o PSOL, o PCB lançou candidatos isoladamente; com exceção de Rondônia e de Roraima, estados onde o PCB não teve candidatos.[25] Em 2014 somente no Ceará, no Distrito Federal e no Sergipe foi onde a Frente de Esquerda lançou-se de forma totalmente unitária.[25] Dentre os 10 candidatos do PSOL a governador apoiados pelo PSTU, somente quatro eram de correntes da ala esquerda do PSOL, mostrando que a Unidade Socialista (setor menos radical) é a corrente do PSOL com que o PSTU mais prioriza alianças eleitorais. Outro fato é que embora o PSTU não tenha composto uma aliança com Luciana Genro (MES-PSOL) para as eleições presidenciais, alegando diferenças programáticas,[27] apoiou candidatos a governador dessa mesma corrente em Alagoas e no Rio Grande do Sul.
Participação em eleições presidenciais
Embora com registro provisório, o PSTU apoiou em 1994 a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva[28]. Nas eleições seguintes, lançou candidatura própria, sem coligações, com exceção à eleição de 2006, em que a agremiação apoio a candidatura de Heloísa Helena, do PSOL.
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | % | Colocação | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
Aloizio Mercadante (PT) |
Frente Brasil Popular pela Cidadania (PT, PSB, PCdoB, PPS, PV e PSTU) |
17 122 127 | 27,04 | 2ª | [29] | |
1998 | José Maria de Almeida (PSTU) |
José Galvão de Lima (PSTU) |
sem coligação | 202.659 | 0,30 | 7º | [30] | |
2002 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Dayse Oliveira (PSTU) |
sem coligação | 402.232 | 0,47 | 5º | [31] | |
2006 | Heloísa Helena (PSOL) |
César Benjamin (PSOL) |
Frente de Esquerda (PSOL, PCB, PSTU) |
6.575.393 | 6,85 | 3º | [32] | |
2010 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Cláudia Durans (PSTU) |
sem coligação | 84.609 | 0,08 | 6º | [33] | |
2014 | José Maria de Almeida (PSTU) |
Cláudia Durans (PSTU) |
sem coligação | 91.209 | 0,09 | 8º | [34] | |
2018 | Vera Lúcia Salgado (PSTU) |
Hertz Dias (PSTU) |
sem coligação | 55.762 | 0,05 | 11º | [35] |
Ver também
- IV Internacional
- LIT-QI
- Liga Operária
- Convergência Socialista
- Coordenação Nacional de Lutas
- Zé Maria
- Amanda Gurgel
- Cyro Garcia
- Valério Arcary
- Ruy Braga
- Histórico das Organizações Trotskistas no Brasil
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral (TSE). «TSE - Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 29 de junho de 2017
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br
- ↑ https://www.pstu.org.br/
- ↑ «Partido da extrema esquerda, PSTU lança operária sapateira como pré-candidata à Presidência da República». 2 de março de 2018
- ↑ Predefinição:Http://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/filiados
- ↑ Tribunal Superior Eleitoral: Partidos políticos registrados no TSE Arquivado em 17 de julho de 2007, no Wayback Machine., visitado em 25 de julho de 2007
- ↑ Redação (9 de abril de 2018). «Tem que prender todos os corruptos e corruptores»
- ↑ «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». www.tse.jus.br. Consultado em 9 de outubro de 2020
- ↑ Silva, 2001; Cerdeira, 2009.
- ↑ E antes como Coletivo Gregório Bezerra (CGB), uma organização formada por militantes que acompanharam Luiz Carlos Prestes, na época de sua ruptuta com PCB.
- ↑ As origens e ideologia do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), acesso em 16 de janeiro de 2019.
- ↑ Dirigentes históricos e centenas de militantes rompem com o PSTU, acesso em 20 de julho de 2016.
- ↑ MANIFESTO PELA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIALISTA E REVOLUCIONÁRIA NO BRASIL Arquivado em 10 de julho de 2016, no Wayback Machine., acesso em 20 de julho de 2016.
- ↑ Nasce o MAIS, uma nova organização de esquerda no Brasil, acesso em 06 de outubro de 2016.
- ↑ MAIS – MOVIMENTO POR UMA ALTERNATIVA INDEPENDENTE E SOCIALISTA acesso em 06 de outubro de 2016.
- ↑ Militantes que romperam com PSTU realizaram ato de lançamento do MAIS acesso em 6 de outubro de 2016.
- ↑ «Manifesto Arrancar alegria ao futuro, MAIS». manifesto arrancar alegria ao futuro. Consultado em 4 de agosto de 2017. Arquivado do original em 4 de agosto de 2017
- ↑ «Ruptura com PSTU». 25 de julho de 2016. Consultado em 4 de agosto de 2017
- ↑ «MAIS anuncia entrada no PSOL». Esquerda Online. 4 de agosto de 2017. Consultado em 5 de agosto de 2017
- ↑ a b c d e f g TSE, 2014. «Estatísticas de candidaturas - Cargo/partido/coligação/sexo». Consultado em 6 de junho de 2015. Arquivado do original em 26 de junho de 2015
- ↑ CRS-PSOL, 2013. «Tese Nada Mais Será como Antes» (PDF). Consultado em 2 de março de 2015. Arquivado do original (PDF) em 8 de novembro de 2013
- ↑ «PSTU, 2014: A disputa das eleições numa perspectiva revolucionária». Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado do original em 31 de maio de 2015
- ↑ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/13/brasil/27.html
- ↑ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/13/brasil/27.html
- ↑ «Votação no município - eleições 1998». www.tse.jus.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «PDF.js viewer». www.justicaeleitoral.jus.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «G1 > Eleições 2006 - APURAÇÃO». g1.globo.com. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno) - UOL Eleições 2010». placar.eleicoes.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Brasil - Presidente - 1º Turno - Apuração - Eleições - 2014 - Especial - Poder - Folha de S.Paulo». eleicoes.folha.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- ↑ «Eleições 2018 | Apuração 1º Turno para Presidente». Estadão. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
Ligações externas
- «Sítio oficial»
- Marxismo Vivo, revista internacional distribuída no Brasil pelo PSTU
- Liga Internacional dos Trabalhadores
- Alguns fatos dos 10 anos do PSTU
- Informações sobre o PSTU, no Tribunal Superior Eleitoral