Camille du Gast
Camille du Gast | |
---|---|
Nascimento | Marie Marthe Camille Desinge du Gast 30 de maio de 1868 Paris, França |
Morte | 24 de abril de 1942 (73 anos) Paris, França |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Crespin |
Cidadania | Francesa |
Progenitores |
|
Cônjuge | Jules Crespin |
Ocupação | automobilista de competição, motonáuta, balonista, paraquedista, esgrimista, condutora de trenó, esquiadora, exploradora, atiradora de espingarda e pistola, treinadora de cavalos, pianista, cantora soprano, ativista, feminista e defensora dos direitos dos animais |
Marie Marthe Camille Desinge du Gast (Paris, França, 30 de maio de 1868 - Paris, França, 24 de abril de 1942), conhecida como Camille Crespin du Gast ou ainda Camille du Gast, foi uma pioneira e das mais célebres automobilistas francesas durante a Belle Époque, juntamente com Hélène de Rothschild (Baronesa Hélène van Zuylen) e Anne de Rochechouart de Mortemart (Duquesa de Uzès).[1][2] Era também conhecida como "uma das mais belas mulheres de Paris" e das "viúvas mais ricas e talentosas de França", para além de uma exímia desportista e aventureira, realizando inúmeras façanhas como balonista, paraquedista, esgrimista, condutora de trenó, esquiadora, atiradora de espingarda e pistola ou ainda treinadora de cavalos, revelando ainda talento para a música como pianista e cantora soprano.[3] Tornou-se ainda na segunda mulher a competir numa corrida internacional de automóveis, sendo apelidada pela imprensa como l'Amazone (a Amazona) e la Walkyrie de la Mécanique (a Valquíria da Mecânica).[4][5]
Em França ficou também conhecida pelo seu extenso trabalho como activista e benemérita. Foi presidente da Société protectrice des animaux (Sociedade Protectora dos Animais, SPA) até à data da sua morte, aplicando vários métodos de ação direta nos seus protestos e campanhas, sobretudo, contra a prática da tauromaquia, e ainda exerceu como vice-presidente da Ligue Française du Droit des Femmes (Liga Francesa dos Direitos das Mulheres), prestando, ainda antes disso, ajuda financeira e cuidados de saúde a mulheres e crianças desfavorecidas em Paris, continuando a dar esse mesmo auxílio sob a ocupação nazi, durante a Segunda Guerra Mundial.[6]
Internacionalmente, ficou também célebre por ter sido a figura central no escândalo parisiense de "La Femme au Masque", onde foi maliciosamente, e erroneamente, identificada como a modelo nua na famosa pintura de Henri Gervex. Por este facto, envolveu-se em três processos judiciais, sendo a história relatada por vários periódicos em todo o mundo.[7]
O seu exuberante estilo de vida social e desportivo apenas se alterou quando, em 1910, viveu uma experiência traumática, tendo a sua filha tentado matá-la pela herança. Após o incidente, Camille du Gast abandonou as competições desportivas e dedicou-se ao trabalho diplomático em Marrocos,[8] a diferentes obras de caridade e ao activismo pela defesa dos direitos dos animais, das mulheres desfavorecidas e dos órfãos.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros Anos
[editar | editar código-fonte]Nascida Marie Marthe Camille Desinge du Gast em Paris, no ano de 1868, era filha de Louis Desinge e de Clémence Carpentier, ambos provenientes de famílias da alta burguesia francesa, proprietários de fábricas de roupa masculina e de vários imóveis em Paris, sendo a mais nova dos três filhos do casal. Apelidada desde muito jovem como a 'garçon manqué' (tomboy) da família, com apenas cinco anos de idade começou a ter aulas de piano com o conceituado professor de música Félix Le Couppey, seguindo-se as aulas de canto como soprano e, mais tarde, a realização de vários concertos e galas de beneficência onde actuava, acompanhado pelo pianista e compositor brasileiro Carlos de Mesquita, perante o público de Paris e das províncias.
Vida Amorosa e Casamento
[editar | editar código-fonte]Em 1888, com 20 anos de idade, Camille apaixonou-se por Jules Crespin, gerente e accionista maioritário da Dufayel, um dos maiores departamentos de lojas de França, fundando por Jacques Crespin, sob o nome de Le Palais de la Nouveauté, no 18º arrondissement de Paris. Sem receio do preconceito da sociedade de então, o casal passou a viver junto, nascendo da sua relação a sua única filha Diane Crespin, pouco depois. Apenas em 1894 o casal formalizou a sua união em casamento, de modo a proteger legalmente a sua filha, passando então a jovem Camille a utilizar o nome Camille Crespin du Gast.
Balonismo e Paraquedismo
[editar | editar código-fonte]Atentos aos novos movimentos artísticos e descobertas científicas do fim do século XIX, o apaixonado casal frequentava todos os eventos culturais de grande renome da elite intelectual de Paris, desde óperas, galerias de arte, museus, salões literários e exposições internacionais, aderindo também a novas atracções como o balonismo e o paraquedismo, sendo noticiado em 1895, a acrobacia que Camille realizou ao saltar a uma altitude de 610 metros de um balão de ar quente, usando um páraquedas. Para além de emoções fortes, o casal era também bastante apaixonado pelos seus animais, possuindo na sua mansão e herdades, cerca de uma dezena de cães de grande porte, todos vencedores de várias competições caninas, e vários cavalos.
Automobilismo
[editar | editar código-fonte]Em 1896, Jules Crespin morreu, com apenas 27 anos de idade, tornando Camille Crespin du Gast numa das viúvas mais jovens e ricas de França. Respeitando o pedido do seu marido antes de falecer, nos anos que se seguiram, a jovem viúva começou a participar também em outras actividades desportivas como o automobilismo, utilizando no entanto sempre o seu nome de solteira, du Gast, como forma de evitar que as suas acções fossem consideradas golpes ou acrobacias publicitárias para os empreendimentos da família Crespin.[9]
Em 1898, tirou a carta de condução, tornando-se na segunda mulher a realizar o feito em França, após a Duquesa de Uzès, comprou um Peugeot e um Panhard et Levassor e, em 1901, ao participar na corrida Paris-Berlin, onde arrecadou o 33º lugar entre os 154 participantes, tornou-se na segunda mulher a competir numa corrida internacional de automóveis, seguindo-se, nos anos seguintes, a corrida Paris-Viena e Paris-Madrid, conhecida também como a Corrida da Morte, onde auxiliou o piloto inglês Phil Stead que havia capotado e se encontrava preso debaixo do carro, perdendo a sua posição de 8º para o 77º lugar.[10] Apesar do sucesso de Camille e da atenção que esta recebeu da imprensa francesa e internacional, em 1902 foi-lhe recusada a entrada na corrida de Nova Iorque a São Francisco por ser mulher, e em 1904 foi-lhe novamente negada a inscrição na prestigiada Copa Gordon Bennet, entre Paris e Berlim, devido ao facto de que o Governo Francês e o Automobile Club de France, entidade pela qual os participantes franceses deveriam estar inscritos, decidiram excluir as mulheres da competição por estas não controlarem o seu "nervosismo". Furiosa, Camille protestou em vão contra o acto discriminatório do governo e do clube ao qual pertencia, sendo a única mulher membro, e publicou uma carta aberta no periódico L'Auto.[11][12]
Motonáutica e Outras Modalidades Desportivas
[editar | editar código-fonte]Decidida a provar-lhes o contrário, a desportista que estava proibida de competir nas corridas automobilísticas decidiu participar em várias provas de motonáutica, percorrendo num barco a motor o rio Sena ou a costa do Mónaco.[13] Um ano depois, contudo, a sua carreira nesta modalidade terminou, quando ao participar na Copa do Mediterrâneo, entre Argel e Toulon, durante uma forte tempestade, todas as embarcações naufragaram.[14][15][16] Apesar de Camille ter sido resgatada pelo cruzador da marinha francesa Kléber e vencido a competição por ser a participante mais perto do ponto de chegada, a famosa viúva nunca mais competiu na modalidade, voltando-se para outras actividades como a equitação, o tiro ao alvo, a esgrima, a aviação, o montanhismo, o esqui ou como exploradora em novos destinos, como quando em 1906, viajou pela primeira vez para Marrocos, onde atravessou a região do Rife a cavalo, regressando anos mais tarde ao país onde desempenhou missões diplomáticas para o Governo Francês, primeiro em 1910 em nome do Ministério das Relações Exteriores e, posteriormente, em 1912 pelo Ministério da Agricultura.[17][18]
Tentativa de Homicídio
[editar | editar código-fonte]Em 1910, Camille acordou a meio da noite, quando um grupo de homens, instigados pela ganância e várias promessas de fortuna proferidas pela sua filha Diane, a tentaram matar. Escapando por pouco, após a tentativa de assassinato e destroçada pela traição de sua filha, Camille nunca mais voltou a ser a mesma.[19]
Activismo Social, Feminismo e Defesa dos Direitos dos Animais
[editar | editar código-fonte]Após a experiência traumática e com o eclodir da Primeira Guerra Mundial, Camille du Gast deixou para trás as competições desportivas e entregou-se a várias causas de cariz social. Organizou angariações para enviar mantimentos e medicamentos aos militares feridos em Capvern-les-Bains, fundou a associação Reconstitution du foyer para se reconstruir as casas devastadas pela guerra em Marne e integrou o comité central da Ligue Française du Droit des Femmes (Liga Francesa dos Direitos das Mulheres), tornando-se mais tarde vice-presidente da organização feminista.
Nos anos que se seguiram, participou em inúmeras publicações de ideologia feminista, onde falava abertamente sobre a importância da representação feminina no desporto assim como sobre o direito à educação e o acesso à saúde para as mulheres desfavorecidas, travando ainda amizade com a médica Blanche Edwards-Pilliet, com quem colaborou ao financiar consultas médicas e tratamentos para mulheres e crianças sem posses nos bairros mais desfavorecidos de Paris.
Na década de 1920, conheceu a actriz Marguerite Durand, que a inspirou a militar pela protecção dos direitos dos animais, colaborando inicialmente no então recém-criado abrigo para animais abandonados e feridos,[20] por iniciativa de Gordon Bennett. Pouco depois, Camille du Gast começou a militar na Société protectrice des animaux (Sociedade Protectora dos Animais, SPA), tornando-se presidente da sociedade pelos direitos dos animais em 1926 até à data da sua morte.[21]
Em 1929, pela sua carreira desportiva e trabalho benemérito, foi homenageada quando o governo francês baptizou uma rua como o nome Rue Crespin du Gast no bairro de Ménilmontant, do 20.º arrondissement de Paris. Ao ser homenageada ainda em vida, este acto raro, foi também simbólico para a causa feminista que tanto abraçava, visto até então serem praticamente inexistentes ruas com nomes de mulheres.
Últimos Anos de Vida
[editar | editar código-fonte]Com a ocupação da França pela Alemanha nazi, durante a Segunda Guerra Mundial, Camille du Gast continuou a prestar auxílio a várias famílias necessitadas, mães solteiras e órfãos de guerra, contudo estando o país sob o controlo dos alemães, as suas acções passaram a ser clandestinas, correndo graves perigos caso fosse descoberta.
Faleceu a 24 de abril de 1942, com 73 anos, sendo sepultada no jazigo da família Crespin no Cemitério Père Lachaise em Paris. O sepulcro, que se encontra na 36ª secção do cemitério, é adornado com um busto de bronze de Jacques François Crespin e várias estátuas decorativas realizadas pelo escultores Jules Dalou, Alexandre Falguière e Étienne Leroux.[22]
Escândalo: La Femme au Masque
[editar | editar código-fonte]Em 1885, Henri Gervex pintou a famosa La Femme au Masque (A Mulher de Máscara), uma pintura que impressionou os mais célebres salões de arte em Paris e gerou o choque do público parisiense, ao representar uma mulher nua, com apenas uma mascarilha a esconder o seu rosto. A modelo era Marie Renard, de 22 anos de idade, uma costureira que posava para os pintores Gervex, Édouard Manet, John Singer Sargent, Paul César Helleu e Madeleine Jeanne Lemaire, entre muitos outros, em troca de algumas moedas, contudo a sua identidade nunca foi revelada publicamente, causando grandes especulações, muitas acusações e até confrontos e duelos entre alguns maridos suspeitos da conduta de suas esposas e o pintor ao longo dos anos.[23]
Em 1902, um dos mais famosos advogados de França, Henri Barboux, que representava o pai e irmão de Camille, acusados de injusta apropriação da herança deixada após a morte de Clémence Carpentier, durante um processo judicial hostil levado a cabo pela famosa viúva Madame Camille Crespin du Gast, a acusou de ter posado nua para o quadro, entregando uma cópia da pintura La Femme au Masque e uma fotografia da desportista ao tribunal, explicando que as semelhanças eram prova suficiente, sendo reflectoras do carácter da acusadora. Sentindo-se humilhada e atacada durante horas, Camille du Gast tentou proferir por várias ocasiões que tal história era mentira, contudo, a sua imagem já havia sido denegrida e foi ameaçada pelo juiz de ser expulsa por desrespeito ao tribunal. Apesar da acusação ser falsa, rapidamente a história se propagou não só por Paris como por toda a França e além fronteiras, gerando nos meses que se seguiram uma campanha de difamação, chacota e calúnia pela imprensa e várias personalidades da sociedade francesa.[24][25]
Meses após o incidente, Camille retaliou judicialmente com uma acção legal contra Barboux, argumentando que no ano em que a obra havia sido produzida e exposta pela primeira vez, ela era menor e não conhecia o pintor. Chamou como testemunhas Henri Gervex e Marie Renard,[26] que a defenderam e expuseram a verdade sobre a musa do quadro, contudo a defesa de Henri Barboux argumentou que este apontou-a como a modelo após ter conhecimento disso pelos seus clientes, que existiam procedimentos legais que não haviam sido accionados pela acusadora durante a sessão em que ocorreram os factos e esta só se havia pronunciado meses depois. Indignada, a viúva perguntou se o advogado poderia retractar o que havia dito, sendo respondida com mero silêncio. «Este silêncio é uma confissão. O insulto é público. Apenas desejava uma carta privada de desculpas. Maitrê Barboux, a minha estima fica agora manchada e desonrada por este tribunal». Apesar dos seus esforços, o tribunal decretou que Camille du Gast não tinha um caso contra o advogado.[27]
Após a sessão, Barboux deixou o tribunal por uma porta nas traseiras, receando um novo confronto com a desportista que o esperava à porta do tribunal. No entanto, ao chegar à entrada de sua casa, o advogado foi confrontado por Guy Raffard de Marcilly e Hélie de Talleyrand-Périgord, Príncipe de Sagan, amigo, admirador e pretendente da famosa viúva, que lhe deu um soco (ou duas chapadas, segundo algumas versões publicadas sobre o incidente), chamando-o de "insultador de mulheres", entre o choque e o riso de quem assistia na rua. Em setembro desse mesmo ano, os dois homens que haviam defendido Camille du Gast à porta do tribunal foram processados no Palais de Justice, sendo o príncipe multado em 500 francos e Marcilly em 100 francos.[28]
Apesar do primeiro desfecho, Camille voltou aos tribunais para mais duas acções legais contra Henri Barboux.[29]
O escândalo parisiense tornou-se notícia em todo o mundo, sendo relatada toda a história, com todos os detalhes, em vários capítulos e artigos, em países como Portugal, Espanha, Estados Unidos da América, Nova Zelândia ou até Austrália. Actualmente, desconhece-se o paradeiro da pintura original de Henri Gervex.
Homenagens e Legado
[editar | editar código-fonte]- Postumamente, foi homenageada com a criação de uma escola técnica e profissional, o Lycée professionnel des métiers de l'automobile Camille du Gast, em Chalon-sur-Saône.[30] Presentemente, a escola técnica ainda existe com o nome Lycée des Métiers Camille du Gast, assim como uma outra escola do ensino básico e preparatório em Achères.
- Além da Rua Crespin du Gast, em Paris, o seu nome também figura na toponímia de outros concelhos de França, nomeadamente em Villeneuve-la-Garenne e Asnières-sur-Seine.
Publicações
[editar | editar código-fonte]Durante a sua vida, Camille du Gast publicou vários artigos, tais como:
- A deux doigts de la mort (À beira da morte), no jornal Je sais tout de 15 de fevereiro de 1905, onde descreveu a desastrosa corrida de lanchas entre Argel e Toulon, onde naufragou, mas foi declarada vencedora da prova.
- Ce que m'a dit le Rogui, (O que o Rogui me disse), publicado em Je sais tout em 1909, onde narra a sua jornada por Marrocos a cavalo e a sua conversa com um rogui (pretendente ao trono do país).
- Prefácio do livro de Gustave Dumaine de 1933, Contes pour mon Chien (Histórias para meu cão).[31]
- Vários artigos e entrevistas para a revista La Vie heureuse (actualmente Femina).
- ↑ Jaeger-Wolff, Elisabeth (2007). La dernière Amazone: biographie romancée de Camille Crespin du Gast, 1868-1942 (em francês). [S.l.]: Bastberg
- ↑ Scharff, Virginia (1991). Taking the Wheel: Women and the Coming of the Motor Age (em inglês). [S.l.]: Free Press
- ↑ McCarthy, Todd (16 de maio de 2007). Fast Women: The Legandary Ladies of Racing (em inglês). [S.l.]: Miamax
- ↑ Bouzanquet, Jean François (julho de 2009). Fast Ladies: Female Racing Drivers 1888 to 1970 (em inglês). [S.l.]: Veloce Publishing Ltd
- ↑ Road & Track (em inglês). [S.l.]: CBS Publications. 1975
- ↑ Boulain, Valérie (2012). Femmes en aventure: de la voyageuse à la sportive (1850-1936) (em francês). [S.l.]: Presses universitaires de Rennes
- ↑ Jaeger-Wolff, Elisabeth (2007). La dernière Amazone: biographie romancée de Camille Crespin du Gast, 1868-1942 (em francês). [S.l.]: Bastberg
- ↑ Car Illustrated: A Journal of Travel by Land, Sea, & Air (em inglês). [S.l.: s.n.] 1905
- ↑ Georgano, G. N. (1971). The Encyclopedia of Motor Sport (em inglês). [S.l.]: Viking Press
- ↑ Nystrom, Elsa A. (6 de junho de 2013). Mad for Speed: The Racing Life of Joan Newton Cuneo (em inglês). [S.l.]: McFarland
- ↑ Seymour, Miranda (9 de abril de 2015). The Bugatti Queen (em inglês). [S.l.]: Simon & Schuster UK
- ↑ The Sphere: An Illustrated Newspaper for the Home (em inglês). [S.l.: s.n.] 1905
- ↑ Motoring and Boating (em inglês). [S.l.: s.n.] 1905
- ↑ Motor Age (em inglês). [S.l.]: Class Journal Company. 1905
- ↑ Motor Boat (em inglês). [S.l.]: Motor Boat Publishing Company. 1905
- ↑ «AUTOBOATS SWAMPED; DUC DECAZES MISSING; Disaster Overtakes the Racers from Algiers to Toulon. SIX OF SEVEN CREWS SAFE Duke's Boat and Her Escort, a Destroyer, May Be Lost -- Mme, du Gast Rescued. (Published 1905)». The New York Times (em inglês). 1905. ISSN 0362-4331
- ↑ Verneau, René (1913). Les cranes moracains de la mission de Madame Camille du Gast (em francês). [S.l.]: A. Burdin et cie
- ↑ Fémina (em francês). [S.l.: s.n.] 1907
- ↑ Blackstock, Elizabeth (2018). «The Valkyrie Of The Motorcar Survived The Race Of Death, A Sunken Ship, And An Assassination Attempt». Jalopnik (em inglês)
- ↑ Copyright; 1927; Times, by the New York Times Company special Cable To the New York (1927). «ENLARGES PARIS DOG HOUSE; Mme. du Gast Carries on Work of James Gordon Bennett. (Published 1927)». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ Traïni, Christophe (28 de novembro de 2015). The animal rights struggle: an essay in historical sociology (em inglês). [S.l.]: Amsterdam University Press
- ↑ «MME. CRESPIN DU GAST; Head of French Humane Society Early Flier and Racing Driver - Obituary». The New York Times. The New York Times (em inglês). 1942. ISSN 0362-4331
- ↑ «THE MASK MYSTERY». Warragul, Vic. West Gippsland Gazette (Warragul, Vic. : 1898 - 1930). 6 páginas 1902
- ↑ Fouquières, André de (1953). Mon Paris et ses parisiens: Les quartiers de l'Étoile (em francês). [S.l.]: Horay
- ↑ «THE MASKED WOMAN». Warragul, Vic. West Gippsland Gazette (Warragul, Vic. : 1898 - 1930). 4 páginas 1902
- ↑ Gervex, Henri; Gourvennec, Jean-Christophe; Carnavalet, Musée; beaux-arts, Nice (France) Musée des; Chéret, Musée des beaux-arts Jules (1992). Henri Gervex (em francês). [S.l.]: Paris-Musées
- ↑ Les Annales politiques et littéraires (em francês). [S.l.: s.n.] 1902
- ↑ «LA FEMME AT MASQUE». Papers Past. AUCKLAND STAR, VOLUME XXXIII, ISSUE 224, 20 SEPTEMBER 1902. 1902
- ↑ «Le Procès Barboux-De Sagan». Gallica (em francês). La Presse. 1902
- ↑ «Lycée des Métiers Camille du Gast - Offcial Page». Lycée des Métiers Camille du Gast
- ↑ Dumaine, Gustave (1933). Contes pour mon chien (em francês). [S.l.]: Société générale d'imprimerie et d'édition