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Myathropa florea

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaMyathropea florea
Macho
Macho
Fêmea
Fêmea
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Dípteros
Família: Syrphidae
Género: Myathropea
Subgénero: florea
Espécie: M. florea
Sinónimos

A Myathropa florea, pertencente à família dos insectos comummente conhecidos como moscas-das-flores[2], é uma espécie de inseto díptero sirfídeo, que demonstra mimetismo batesiano em relação às vespas, com as quais se assemelha.[3]

A autoridade científica da espécie é Linnaeus, tendo sido descrita no ano de 1758.[4]

Do que toca ao nome científico:

  • O epíteto específico, florea[6], provém do latim clássico, tratando-se da inflecção do étimo floreus[7], que significa «florido; floreado; relativo a flores».

Distribuição

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Trata-se de uma espécie presente pela Eurásia e pelo Norte de África, incluindo Portugal.[8]

Medra em bosques e veigas higrófilas, sendo que, enquanto espécie antropófila[8] que é, também se encontra em courelas agricultadas, parques citadinos e jardins suburbanos.[3]

Esta espécie de mosca mede entre 10 a 14 milímetros de comprimento.[9] No que toca à sua aparência geral, pauta-se pela face amarela, pelas antenas pretas e aristas filiformes, bem como pelo tórax pubesceste, dotado de três faixas negras e transversais, que assentam sobre um fundo mais claro.[3]

Nesta toada, importa ainda discorrer a respeito do abdómen desta mosca-das-flores, por sinal de largas dimensões e coloração negra, com manchas laterais amarelas.[3]

Conta com patas pretas de cílios amarelados.[9] As asas, por seu turno, são transparentes e formam uma alça na terceira nervura.[8][3]

Atenta a coloração e padronagem exibida por esta espécie, denota-se a presença de mimetismo batesiano em relação às vespas.[3]

Nesta espécie verifica-se algum dimorfismo sexual, pelo que os machos e as fêmeas diferem uns dos outros em aparência.[3] Assim, nos machos os olhos são contíguos, ao passo que nas fêmeas são afastados.[8]

Dieta e hábitos

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Os espécimes adultos nutrem-se de néctar, mormente de flores brancas.[9]

Por seu turno, as formas larvares desta espécie, são aquáticas e saprófitas, pelo que medram em corpos de água e em detritos orgânicos em decomposição, maxime excrementos húmidos de animais de grande porte, alimentando-se de bactérias.[3]

Esta espécie pode ser avistada de maio a outubro.[9]

Referências
  1. Stubbs, Alan E.; Falk, Steven J. (1983). British Hoverflies: An Illustrated Identification Guide. [S.l.]: British Entomological & Natural History Society. 253 páginas 
  2. Infopédia. «joaninha-de-dois-pontos | Definição ou significado de joaninha-de-dois-pontos no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 14 de novembro de 2021 
  3. a b c d e f g h «Myathropa florea». Museu Virtual Biodiversidade. Consultado em 3 de abril de 2022 
  4. «Adalia (Adalia) bipunctata (Linnaeus, 1758) | Fauna Europaea». fauna-eu.org. Consultado em 14 de novembro de 2021 
  5. «Musca - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 3 de abril de 2022 
  6. «florea - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 3 de abril de 2022 
  7. «Flōrĕus - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 3 de abril de 2022 
  8. a b c d «Myanthropa florea - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 3 de abril de 2022 
  9. a b c d Pereira, José Alberto (2012). «VI Simpósio Nacional de Olivicultura» (PDF). Associação Portuguesa de Horticultura (APH). Actas Portuguesas de Horticultura (21): 264-265. Consultado em 3 de Abril de 2022 
Referências