Teste de Bial
O teste de Bial é um teste químico para detectar a presença de pentoses. Foi nomeado em homenagem a Manfred Bial, um médico alemão. Os componentes do reagente de Bial, solução usada no teste, são orcinol, ácido clorídrico e cloreto férrico. Caso haja pentose na amostra analisada, ela é desidratada a furfural, que, então, reage com o orcinol para gerar uma substância colorida. A solução fica azulada e pode formar-se um precipitado. O espectro dessa solução mostra duas bandas de absorção, uma no vermelho entre as linhas B e C de Fraunhofer e a outra perto da linha D.[1]
Composição do reagente de Bial
[editar | editar código-fonte]Um exemplo de amostra do reagente de Bial consiste em 0,4 g de orcinol, 200 ml de ácido clorídrico concentrado e 0,5 ml de uma solução de cloreto férrico 10%.[2] O teste de Bial é usado para distinguir pentoses de hexoses; essa distinção é baseada na cor que se obtém na presença de orcinol e cloreto de ferro (III). Furfural de pentoses dá uma cor azul ou verde. O hidroximetilfurfural proveniente de hexoses pode dar uma solução marrom-lama, amarela ou cinza, o que é facilmente distinguível da cor azul das pentoses.
Versão quantitativa
[editar | editar código-fonte]O teste pode ser realizado como um teste colorimétrico quantitativo usando um espectrofotômetro. Fernell e King publicaram um procedimento para determinação simultânea de pentoses e hexoses a partir de medições em dois comprimentos de onda.[3] Várias versões desse teste são amplamente utilizadas para uma rápida determinação química de RNA; nesse contexto, o procedimento é normalmente denominado teste do orcinol.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Baldwin, E. and Bell, D.J., Cole's Practical Physiological Chemistry, publicado por Heffer, Cambridge, 1955, página 189
- ↑ Baldwin and Bell, página 189
- ↑ W. R. Fernell and H. K. King, The simultaneous determination of pentose and hexose in mixtures of sugars. Analyst, 1953,78, 80–83
- ↑ R.S. Hanson and J.A. Phillips, Chemical composition; in Gerhardt, Phillip, ed Manual of methods for General Bacteriology, American Society for Microblogy 1981, p. 349.