Thymus caespititius
Thymus caespititius | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||
Thymus caespititius |
Thymus caespititius é uma espécie planta com flor pertencente à família Lamiaceae, com distribuição natural no sudoeste da Europa e nas ilhas da Macaronésia. A espécie é conhecida pelos nomes comuns de alecrim-da-serra, erva-úrsula, termentelo, tomentelo e tormentelo.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A seguir apresenta-se a descrição dada por Félix de Avelar Brotero na sua obra Flora Lusitanica:[2]
Floribus verticillato-terminalibus: follis lineari-lanceolatis, revolutis, utrinque subglabris; petiolis brevibus, ciliato-pilosis: caulibus ramosis, longe repentibus
A seguir apresenta-se a descrição dada por António Xavier Pereira Coutinho na sua obra Flora de Portugal (Plantas Vasculares): Disposta em Chaves Dicotómicas (1.ª ed. Lisboa: Aillaud, 1913):[3]
Folhas sub-1-nerveas (com a nervura média forte e as laterais obsoletas), espatulado-lineares, longamente celheadas na base; lábio superior do cálice com 3 dentes desiguais (o médio maior) ou subinteiro. Planta longamente prostrada, com ramos curtos erectos, densamente folhosos, cespitosos. Planta lenosa. Julho-Setembro. Terrenos secos e pedregosos, pinhais, muros.
Indica 2 subespécies:
- genuinus P. Cout. - Flores pequenas (6-10 mm); lábio superior do cálice apenas denticulado ou subinteiro. Trás-os-Montes, Minho, Beira.
- macranthus Samp. - Flores maiúsculas (12-14 mm.); lábio superior do cálice mais profundamente dentado. Planta mais robusta. Alentejo litoral : arred. de Setúbal.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Thymus caespititius foi descrita por Félix de Avelar Brotero e publicada em Flora Lusitanica 1: 176. 1804.[4]
Citologia
[editar | editar código-fonte]O número de cromossomas de Thymus caespititius (Fam. Labiatae) e táxones infraespecíficos é 2n=30[5]
Sinónimos
[editar | editar código-fonte]- Origanum caespititium (Brot.) Kuntze
- Thymus caespititius var. albicans J.Blanco & F.M.Vázquez
- Thymus micans Sol. ex Lowe[6]
Propriedades
[editar | editar código-fonte]No que diz respeito a óleos essenciais, esta espécie tem características diferentes em populações de Portugal Continental e da Madeira em relação às dos Açores. Enquanto que nas primeiras, domina o alfa-terpineol , nas segundas a composição é mais variada, tendo carvacrol, timol ou alfa-terpineol.[7] Estas diferenças poderão ter origem nas diferentes condições climáticas e de variação do solo. Esta espécie também possui trans-dihidroagarofurano, característico das plantas do género Thymus.[8]
As planta de Portugal Continental, assim como as da Madeira apresentam grande homogeneidade química, enquanto que as plantas nos Açores apresentam grande polimorfismo químico. Em oito ilha dos Açores foram identificados vários quimiotipos: carvacol, timol, alfa-terpineol, sabineno, carvacol/alfa-terpineol, alfa-terpineol/T-cadinol e carvacol/timol.[9]
- ↑ «Thymus_caespititius». Flora Digital de Portugal. jb.utad.pt/flora
- ↑ Brotero, F. A. 1804. Flora Lusitanica, seu plantarum, quae in Lusitania vel sponte crescunt, vel frequentius coluntur, ex florum praesertim sexubus systematice distributarum, synopsis. Olissipone, ex Typographia regia
- ↑ Flora de Portugal (Plantas Vasculares): Disposta em Chaves Dicotómicas (1.ª ed. Lisboa: Aillaud, 1913)
- ↑ «Thymus caespititius». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 27 de março de 2013
- ↑ Taxonomía de Thymus en la península Ibérica Morales Valverde, R. (1986) Ruizia 3
- ↑ «Thymus caespititius - PlantList». www.theplantlist.org
- ↑ Figueiredo A. C., J. G. Barroso, L. G. Pedro (2007) Plantas Aromáticas e Medicinais. Factores que afectam a produção. In: Figueiredo AC, JG Barroso, LG Pedro (Eds), Potencialidades e Aplicações das Plantas Aromáticas e Medicinais. Curso Teórico-Prático, pp. 1-18 (3ª Edição), Edição Centro de Biotecnologia Vegetal-FCUL; Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal.
- ↑ Ligia R. Salgueiro, Roser Vila, Felix Tomi, A.Cristina Figueiredo, JoséG. Barroso, Salvador Cañigueral, Joseph Casanova, António Proença da Cunha, Tomàs Adzet, Variability of essential oils of Thymus caespititius from portugal, Phytochemistry, Volume 45, Issue 2, May 1997, Pages 307-311, ISSN 0031-9422, http://dx.doi.org/10.1016/S0031-9422(96)00872-2. (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031942296008722)
- ↑ L. Salgueiro, «Os tomilhos de Portugal» (PDF). cbv.fc.ul.pt
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Erik Sjögren, Plantas e Flores dos Açores. Edição do autor, 2001.