[go: nahoru, domu]

Saltar para o conteúdo

Carlos II de Inglaterra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos II (ou Charles II)
Rei da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia

Carlos II em trajes de coroação por Wright
Reinado 29 de maio de 16606 de fevereiro de 1685
Consorte Catarina de Bragança
Coroação 23 de abril de 1661
Antecessor(a) Carlos I, de jure
Oliver Cromwell, de facto
Sucessor(a) Jaime II
Nascimento 29 de maio de 1630
  Palácio St. James, Londres
Morte 6 de fevereiro de 1685
  Whitehall, Londres
Dinastia Stuart
Pai Carlos I
Mãe Henrietta Maria da França
Título(s) Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay

Carlos II de Inglaterra (29 de Maio 1630 - 6 de Fevereiro 1685) foi Rei de Inglaterra, Escócia e da Irlanda entre 30 de Janeiro (de jure) ou 29 de Maio (de facto) de 1660 e a sua morte. O pai de Carlos II, Carlos I, tinha sido executado em 1649 e substituido por uma ditadura militar de Oliver Cromwell, que se auto-nomeou "Lord Protector".

Carlos II subiu ao trono após a restauração da monarquia em Inglaterra e Escócia, pouco depois da morte de Oliver Cromwell. Foi casado com a princesa Catarina de Bragança, filha de João IV de Portugal, que lhe levou como dote a posse de Tanger e em homenagem à qual foi denominado o que hoje é o bairro nova-iorquino de Queens. Apesar de ter tido inúmeros filhos ilegítimos (ele reconheceu os direitos de 14 deles), o casamento não resultou em herdeiros e foi sucedido pelo irmão, Jaime Duque de York. Ao converter-se oficialmente ao catolicismo no seu leito de morte, Carlos II foi o primeiro católico romano a reinar a Inglaterra desde a morte de Maria I em 1558.

Primeiros Anos

Charles Stuart (ou Carlos Stuart), o filho sobrevivente mais velho do rei Carlos I e Henrietta Maria, nasceu no Palácio de St. James no dia 29 de maio de 1630. Ele foi batizado na Capela Real no dia 27 de junho pelo Bispo Anglicano de Londres, William Laud. Ao nascer tornou-se automaticamente em Duque da Cornualha e de Rothesay; aos oitos anos foi nomeado como Príncipe de Gales.

Durante os 1640s, quando Carlos ainda era jovem, seu pai brigou com forças puritanas do Parlamento na Guerra Civil. Carlos acompanhou seu pai durante a Batalha de Edgehill e, aos 14 anos, participou nas campanhas de 1645, quando foi nomeado comandante titular das forças inglesas no oeste do país.[1] Na primavera de 1646, seu pai estava perdendo a guerra, e Carlos deixou o país devido pois seria inseguro ficar ali e foi primeiro para a Sicília, depois para Jersey, e finalmente para a França.[2]

Em 1648, durante a Segunda Guerra Civil, Carlos mudou-se para A Haia, onde sua irmã Maria (Princesa Real e Princesa de Orange) e seu cunhado Guilherme II com a idéia de ajudar seu pai.[3] Entretanto, seu pai foi executado em 1649. Em Haia, Carlos teve um filho com Lucy Walter, James Crofts "Scott".

Carlos II quando ainda era Príncipe de Gales retratado por William Dobson

Em 5 de fevereiro de 1649, Carlos II foi proclamado Rei dos Escoceses em Edimburgo, sob a promessa entre Inglaterra e Escócia que impediría remodelar a Igreja da Escócia a imagem da Anglicana, devendo mantener-se no Presbiterianismo (forma preferida pela maioria dos escoceses).

Carlos II chegou à Escócia em 23 de junho de 1650. Pelo seu abandono ao Anglicanismo, tornou-lhe impopular na Inglaterra. Foi coronado como Rei dos Escoceses em Scone (Perthshire), em 1 de janeiro de 1651, e depois organizou uma ofensiva contra Inglaterra, na época sob governo do Lord Protector, Oliver Cromwell. A invasão terminou com a derrota na batalha de Worcester (1651), com Carlos II fugindo logo em seguida rumo à França. O Parlamento ofereceu uma recompensa de 1000 £ pela cabeça do rei e impôs pena de morte a qualquer um que lhe prestasse ajuda.

Empobrecido, Carlos tentou reunir apoio para ir contra o Lord Protector. França e as Províncias Unidas (a atual Holanda ou Países Baixos) aliaram-se com o governo de Cromwell, forçando Carlos a recorrer a Espanha pedindo ajuda. Tentou recrutar um exército, mas fracassou devido a suas penúrias economicas.

Restauração

Os filhos de Carlos II

Carlos II deixou um número desconhecido de filhos ilegítimos e nenhum herdeiro legítimo. Ele reconheceu catorze como seus filhos, incluindo Lady Barbara FitzRoy, que provavelmente era filha de John Churchill, mais tarde Duque de Marlborough.

  • Com Marguerite ou Margarida de Carteret
    • Alguns dizem que ela deu à luz um filho chamado James de la Cloche em 1646. Acredita-se que James de Carteret/de la Cloche tenha falecido em algum momento por volta de 1667.
  • Com Elizabeth Killigrew (1622-1680)
    • Charlotte Jemima Henrietta Maria Boyle (FitzCharles) (1650-1684), Condessa de Yarmouth
  • Com Catherine Pegge, Lady Green
    • Charles Fitzcharles (1657-1680), conhecido como "Don Carlos", titulado Conde de Plymouth (1675)
    • Catherine Fitzcharles (nascida em 1658, morreu jovem)
  • Com Dorothea Helena Kirkhoven, Condessa de Derby
    • George Swan (1658-1730)
Carlos II em retrato de Thomas Hawker, 1680
  • Com Mary 'Moll' Davis, cortesã e atriz
    • Mary Tudor (1673-1726), casou-se com Edward Radclyffe (1655-1705), o 2° Conde de Derwentwater (1687-1705). Com a morte de Edward, Mary casou-se com Henry Graham (filho e herdeiro do coronel James Graham). Viúva pela segunda vez, desposou James Rooke em 1707. Mary teve quatro filhos com Edward, que deram continuidade à Casa de Derwentwater.
  • Com amante desconhecida
    • Elizabeth Fitzcharles (1670-1731), desposou Sir Edward Morgan (1670-1734), o filho de Sir James Morgan, 4° Conde Baronet de Llantarnam, e de sua esposa Lady Ann Hopton. Ela teve dez filhos com Morgan. Algumas fontes mostram seu sobrenome como "Jarman".
Precedido por:
Carlos I,
após o Protectorado
Rei de Inglaterra
Sucedido por:
Jaime II
Rei da Escócia


Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Carlos II de Inglaterra
Ícone de esboço Este artigo sobre História do Reino Unido é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Predefinição:Link FA

Predefinição:Link FA

  1. Fraser, p.32 and Hutton, pp.6–7
  2. Fraser, pp.38–45 and Miller, Charles II p.6
  3. Fraser, pp.55–56