Tô achando uns livrinhos de entrevista com cineastas europeus bem bacanas, são curtinhos (esse deu apenas 40 páginas no tablet), mas extremamente ricoTô achando uns livrinhos de entrevista com cineastas europeus bem bacanas, são curtinhos (esse deu apenas 40 páginas no tablet), mas extremamente ricos em conteúdo, esse da Alice Rohrwacher é maravilhoso, pena que o mercado brasileiro não incentive a publicação desse tipo de livro, nem mesmo em e-book.
Enfim, tem como não amar a Alice?
“Mas também acredito que a nossa era não deve ser fácil nem para as crianças. Nós, mulheres, como disse antes, somos obrigadas todos os dias a refletir sobre o nosso papel, sobre a nossa identidade. O mesmo não se pede aos homens. Vivem dentro da crisálida de um machismo vazio, infelizmente encontram fragmentos de violência, palavras e atitudes de gângster, mas são formas mortas, formas desabitadas. A masculinidade agora vive em um reino fantasma. Não sabem mais quem são. Não sabem mais se expressar, e muitas vezes o fazem com dor e agressividade. Seria bom, portanto, que o mesmo debate que tivemos com as mulheres estivesse agora sendo realizado com os homens. Em La Chimera tentei contar a história dessa gangue de homens que de alguma forma são prisioneiros de serem machistas a todo custo, que não sabem se dirigir às mulheres a não ser seduzindo ou atacando-as, que são extremamente solitários e desesperados, abandonados a si mesmos e aos fantasmas delirantes do passado. Pobres ladrões de tumbas!" (tradução minha)....more
Nunca fui muito fã de A Profecia do Richard Donner, me parecia um filme mediano se comparado a outras obras-primas satanistas como O Bebê de Rosemary Nunca fui muito fã de A Profecia do Richard Donner, me parecia um filme mediano se comparado a outras obras-primas satanistas como O Bebê de Rosemary ou O Exorcista. Mudei levemente minha opinião na última vez que o vi, ainda está longe de ser uma obra-prima, mas é um filme honesto entre muitos que surfaram no sucesso de O Exorcista nos anos 70, especialmente pela direção do Donner que soube capitalizar nas cenas das mortes, pois são o ponto alto do filme. O livro foi escrito inversamente, Seltzer escreveu o roteiro e só depois novelizou o filme, por isso também faz sentido eu ler o livro só depois de ver o filme. Como era de se esperar, é um livro mediano, se o pico do filme são as cenas de morte, a descrição delas no livro não são tão intensas quanto o que Donner fez. Um dos motivos de não gostar muito do filme é porque achava toda a coisa satanista muito tolinha, o problema é que as coisas tolinhas do livro/filme foram retiradas diretamente da Bíblia, então tenho que culpar a mitologia judaica-cristã por isso, né. ...more
Ler a versão escrita de Histoire(s) du Cinéma sem as imagens é ainda mais interessante no cavocar de referências, a gente vai dando uma de Xeroque HolLer a versão escrita de Histoire(s) du Cinéma sem as imagens é ainda mais interessante no cavocar de referências, a gente vai dando uma de Xeroque Holmes para pegar as referências implícitas para além das citações mais óbvias. É um desses trabalhos que o tradutor fez toda a diferença na transposição do audiovisual para a escrita, especialmente porque aqui faltam as imagens que pontuavam as quebras na edição da Gallimard e que também estão na série. É quase como uma verdadeira releitura de ambos.
Livrinho rapidíssimo, erudito e elegante, em que Bressane discorre dos assuntos mais díspares como a Bíblia Vulgata, Emerson, Borges e, é claro, muitoLivrinho rapidíssimo, erudito e elegante, em que Bressane discorre dos assuntos mais díspares como a Bíblia Vulgata, Emerson, Borges e, é claro, muito cinema. Mas acho que é mais um livro para fãs completistas do cineasta que querem estar em comunhão com seu fazer-pensar....more
