Precisamos falar sobre suicídio oriundo de violência psicológica institucional. Todo mundo é cheio de dedosNão li, só queria apontar algumas coisinhas.
Precisamos falar sobre suicídio oriundo de violência psicológica institucional. Todo mundo é cheio de dedos quanto a falar sobre suicídio, mas realmente precisamos debater o assunto sob o ponto de vista da violência institucional que é um tipo de suicídio facilmente evitável se as instituições levassem em conta as subjetividades dos indivíduos. O ator sul-coreano Lee Sun-kyun que ficou mundialmente famoso pelo filme Parasita de Bong Joon-Ho cometeu suicídio por estar sofrendo violência institucional corroborada pelo Estado, as leis anti drogas na Coreia do Sul são das mais nefastas do mundo, como Estado unitário ele se diferencia um tanto do que temos no Brasil, mas o Executivo, Legislativo e Judiciário promovem o mesmo tipo de violência institucional que qualquer lugar onde colocam leis acima do bem estar subjetivo dos indivíduos. Desde outubro Lee Sun-kyun vinha sofrendo assédio da polícia por supostos usos de drogas, algo que as leis do país coibem ferozmente, mas que viram um circo quando se trata de pessoas famosas, isso é violência psicológica institucional pura e simples e um gatilho muito grande para suicídio. A violência institucional pode ser oriunda das variações dos três poderes(legislador, policial, promotores, juízes, assistentes sociais e até psicólogos que estão sob a orientação do Estado), familiar (famílias com alto grau de toxicidade e narcisismo tendem a negativar o afeto que seus membros precisam para uma subjetivação saudável) e corporativa (viver sob a égide do neoliberalismo passa a ser apenas sobreviver). Estou falando tudo isso porque realmente precisamos falar sobre, há um ano venho sofrendo violência institucional do judiciário e familiar e sei o quanto é difícil passar por isso, por isso temos que levar em consideração também o tipo de suicídio político que Lee Sun-kyun cometeu, porque seus motivos são de ordem política. Pensem no suicídio do grande Stefan Zweig, claro que o que o motivou foi sua grande desesperança quanto ao mundo fascista que se vivia nos anos 40, mas essa desesperança era justamente política, foram violências institucionais corroboradas pelos Estados fascistas que o levaram ao suicídio e é assim ainda hoje....more
Livro impecável de Nêgo Bispo que saiu no Circuito Ubu esse mês, atravessa a essência quilombola da contracolonização de pessoas, animais e plantas, aLivro impecável de Nêgo Bispo que saiu no Circuito Ubu esse mês, atravessa a essência quilombola da contracolonização de pessoas, animais e plantas, além da própria terra. É uma leitura rápida, porém de grande intensidade que coloca às claras toda "humanização" que nos vilipendia a todos....more
Essa é a primeira tradução de A Anarquia Explicada para Crianças do José Antonio Emmanuel, foi traduzida do espanhol pelo Grupo de Estudos AnarquistasEssa é a primeira tradução de A Anarquia Explicada para Crianças do José Antonio Emmanuel, foi traduzida do espanhol pelo Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí em 2014 e cujo pdf pode facilmente ser encontrado na Internet. Para que prefere o livro físico há as edições da Barbatana e de Livros da Raposa Vermelha, em que a da Barbatana tem um preço mais justo e mais condizente com o anarquismo. Acho um livrinho bem bom para as crianças adentrarem os meandros do anarquismo, antes que algum coleguinha burraldo fale da mula sem cabeça anarcocapitalismo para ele. Sempre lembrando, crianças, que anarcocapitalismo não existe, ou o anarquismo é comunista ou não é, anarcocapitalismo é um nome bonito que inventaram para disfarçar que são lambe-bolas do status quo do ultra-neoliberalismo. Anarcocapitalismo é mais uma faceta do modo terraplanista de ser. É duro sempre ter que repetir o óbvio, mas o óbvio não é tão óbvio para muita gente. Recomendo este A Anarquia Explicada para Crianças muitíssimo, é extremamente didático e flui lindamente como o básico dos preceitos da educação infantil....more
Estava com esse livrinho desde a Black friday do ano passado, uma das razões que demorei para lê-lo foram as frustrantes letrinhas com que foi impressEstava com esse livrinho desde a Black friday do ano passado, uma das razões que demorei para lê-lo foram as frustrantes letrinhas com que foi impresso, acho que quiseram preservar uma estética diminuta quase de bolso e foderam com a edição toda, dei conta de lê-lo por 1/3, depois procurei um pdf e transformei em epub para ler com letras de tamanho decente. Mancada demais imprimirem um livro que fica cansativo pra ler, assim não tem papel que resista ao ebook. Enfim, o conteúdo vale a pena demais, representa o anarquismo queer americano da virada da última década, como bem faz um apanhado geral do anarcoqueer através da história (é mais antigo do que você supõe), além de exemplificar estratégias de luta e a essência queer contra o assimilacionismo burguês e heteronormativo. Altamente recomendável, mas prefira epub ou mobi....more
Não sei, me parece que aqui o Paulo Emílio privilegiou o mote de "o máximo de informação no menor espaço possível" porque é um jorrar de prosa informaNão sei, me parece que aqui o Paulo Emílio privilegiou o mote de "o máximo de informação no menor espaço possível" porque é um jorrar de prosa informativa sem espaço para digressões ou amenidades, compreendo perfeitamente quem gosta desse estilo, mas me parece endurecido demais e espero que o livro sobre Jean Vigo tenha um reflexo mais similar à poética do seu cinema. Uma anedota de que gostei foi saber que o Almereyda era tão crazy cat guy que quando ele convidou os amigos para irem até sua casa conhecer o caçula, todo mundo achou que era pra conhecer um gato novo, mas era o NOSSO Jean Vigo. No mais, a França anarquista e socialista do início do século XX estava fervendo, enquanto isso o Proust tomava chá e comia bolinhos na alta sociedade....more
Quanto mais eu conheço o Chomsky, mais o considero o maior intelectual vivo e mais acho inadmissível Em honra dos 90 anos de Noam Chomsky (07/12/1928)
Quanto mais eu conheço o Chomsky, mais o considero o maior intelectual vivo e mais acho inadmissível que todo mundo não concorde com ele – pelo menos em questões políticas já que quanto à linguística nem sou tão fã assim. Vamos pegar o exemplo das últimas eleições no Brasil em que a maioria dos ditos anarquistas não votou/anulou o voto porque o Estado é malvadão independente de quem o comande, aí com esse pensamento atroz faz-se eleger um fascista obviamente ignorante em detrimento de um professor culto e humanista. Você acha que sento isentão nessas condições fez bem ao povo ou ao seu ego enorme? É por isso que esses pseudo anarquistas isentões que só pensam nos próprios slogans defasados deveriam realmente escutar a sabedoria de Chomsky, sou tão anarquista quanto ele e concordo plenamente com o diálogo que ele mantem com os Estados que visam o bem estar social – é óbvio que não conscientizaremos a população de um dia para o outro dos benefícios da autogestão e a derrubada do Estado, nós não estamos conseguindo nem que deixem de serem neofascistas, por isso acho criminoso da parte desses anarquistas burgueses pagarem de isentões frente ao fascismo, ceis precisam mais de Chomsky nas suas vidas. Todo mundo precisa....more