Estava tudo muito bem até o posfácio, a biografia em quadrinhos sobre uma mulher autista é ótima e esclarecedora, nota quatro, para as mulheres que a Estava tudo muito bem até o posfácio, a biografia em quadrinhos sobre uma mulher autista é ótima e esclarecedora, nota quatro, para as mulheres que a conceberam. Porém a Editora Nemo incluiu um adendo brasileiro que não está na edição francesa falando mal da psicanálise (sim eu pesquiso antes de sair falando merda por aí como fez a Editora), não se sabe quem escreveu esse adendo porque canalhas não gostam de se assumir mesmo, então NOTA ZERO PARA EDITORA NEMO....more
Todo mundo sabe que a coleção Primeiros passos é acima de tudo introdutória, mas algumas edições nos surpreendem pela profundidade em pouco espaço. NãoTodo mundo sabe que a coleção Primeiros passos é acima de tudo introdutória, mas algumas edições nos surpreendem pela profundidade em pouco espaço. Não deveria surpreender porque Debora Diniz é a maior pesquisadora em bioética do Brasil, de renome internacional, o que ela tem feito a respeito nas duas últimas décadas, especialmente com relação às mulheres, é de uma coragem e força extraordinária. A bem da verdade a gente até não chega a merecer uma intelectual maravilhosa como ela, que mundo deixaremos para a Debora Diniz? ...more
Tão obra-prima quanto o filme dirigido pelo Menzies como propaganda de guerra tardia em 1944, mas que não é visto tanto como clássico quanto o livro. DTão obra-prima quanto o filme dirigido pelo Menzies como propaganda de guerra tardia em 1944, mas que não é visto tanto como clássico quanto o livro. Destinatário Desconhecido foi escrito em 1938, antes que o Hitler começasse a invadir meia Europa, como um alerta da autora do que estava acontecendo na Alemanha no momento. Kressmann Taylor, ela mesma descendente de alemães, notou que seus amigos alemães vinham sofrendo lavagem cerebral desde a ascensão de Hitler ao poder e resolveu alertar o povo americano sobre isso antes mesmo que tudo virasse uma questão internacional. Provando mais uma vez que com intuição de mulher não se brinca....more
Com uma força ímpar, Carolina Maria de Jesus vai desvelando as agruras da vida (e morte) na favela, com uma vida miserável, jamais deixa diminuir a suCom uma força ímpar, Carolina Maria de Jesus vai desvelando as agruras da vida (e morte) na favela, com uma vida miserável, jamais deixa diminuir a sua independência ou o amor aos livros e filhos em nome da sua própria rendeção financeira ou moral....more
Tô achando uns livrinhos de entrevista com cineastas europeus bem bacanas, são curtinhos (esse deu apenas 40 páginas no tablet), mas extremamente ricoTô achando uns livrinhos de entrevista com cineastas europeus bem bacanas, são curtinhos (esse deu apenas 40 páginas no tablet), mas extremamente ricos em conteúdo, esse da Alice Rohrwacher é maravilhoso, pena que o mercado brasileiro não incentive a publicação desse tipo de livro, nem mesmo em e-book.
Enfim, tem como não amar a Alice?
“Mas também acredito que a nossa era não deve ser fácil nem para as crianças. Nós, mulheres, como disse antes, somos obrigadas todos os dias a refletir sobre o nosso papel, sobre a nossa identidade. O mesmo não se pede aos homens. Vivem dentro da crisálida de um machismo vazio, infelizmente encontram fragmentos de violência, palavras e atitudes de gângster, mas são formas mortas, formas desabitadas. A masculinidade agora vive em um reino fantasma. Não sabem mais quem são. Não sabem mais se expressar, e muitas vezes o fazem com dor e agressividade. Seria bom, portanto, que o mesmo debate que tivemos com as mulheres estivesse agora sendo realizado com os homens. Em La Chimera tentei contar a história dessa gangue de homens que de alguma forma são prisioneiros de serem machistas a todo custo, que não sabem se dirigir às mulheres a não ser seduzindo ou atacando-as, que são extremamente solitários e desesperados, abandonados a si mesmos e aos fantasmas delirantes do passado. Pobres ladrões de tumbas!" (tradução minha)....more